Já é de 8% o número de residências brasileiras que possuem assinatura de algum serviço de streaming. É o que diz uma pesquisa internacional da empresa americana Ampere Analysis, apresentado em julho durante o Pay TV Fórum, em São Paulo. Não é pouca coisa: esse índice é de 13% nos EUA, o mercado mais maduro do mundo. Netflix, claro, é o serviço mais utilizado, já somando 10 milhões de assinantes no Brasil, segundo a mesma pesquisa.

Esse total já supera o número de usuários das principais operadoras de TV por assinatura: Net/Claro, com 8,9 milhões de assinantes, e Sky (5,2 milhões), segundo os dados mais recentes da Anatel. Somando todos os serviços de video-on-demand (YouTube, Amazon, Globo Play etc), cerca de 15 milhões de brasileiros já são adeptos do streaming, com estimativa de dobrar esse número nos próximos três anos. 

Embora os dois tipos de serviço – TV paga e streaming – não sejam necessariamente excludentes (é grande a proporção de pessoas que utilizam ambos), o fato é que a crise econômica os coloca como francos concorrentes. Nos últimos 12 meses, diz a Anatel, nada menos do que 625 mil famílias saíram das carteiras da operadoras, seja por opção própria ou por inadimplência (a maioria). Essa redução já vinha ocorrendo desde 2015, mas agora, com a maior oferta de streaming, está se acentuando. 

É uma tendência mundial, contra a qual – como já comentamos aqui – não há o que fazer. Não é por acaso que o maior grupo de mídia brasileiro está mudando sua estratégia, TV+web: a nova estratégia da Globo

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