Um dos fenômenos mais comentados e analisados na segunda metade do século 20 foi o “conflito de gerações”, nome que se deu às dificuldades de pais e avós para lidar com seus filhos. Estes inicialmente foram classificados como “rebeldes”, mas com o passar dos anos se tornaram “normais” (até onde foi possível…). O tal conflito perdeu atualidade, mas hoje, na era da comunicação online, ganha novos contornos.

Um estudo recente do ConsumerLab, centro de pesquisas da sueca Ericsson, mostra as mudanças que vêm ocorrendo nas relações entre velhos (para efeito estatístico, escolheram pessoas entre 65 e 75 anos) e jovens (idades não especificadas). O diagnóstico é que, com a ajuda da tecnologia, as barreiras estão sendo derrubadas. E estão mesmo. Embora a pesquisa seja restrita ao mercado americano, é fácil de constatar que também no Brasil aumenta o número de, vá lá, idosos usando smartphone, tablet, Skype, Facebook, Twitter, Whatsapp e por aí vai.

O pessoal do ConsumerLab – o estudo pode ser visto neste link – lembra que a geração atual de sexagenários é a primeira que tem a oportunidade de utilizar a tecnologia de modo mais intensivo. E seus entrevistados se mostraram animados em aproveitar a chance, ao ver como isso os aproxima de seus filhos, netos etc. Na verdade, os membros mais jovens da família que se dispõem a colaborar, ensinando e dando apoio a seus pais, tios e avós, acabam tendo enorme influência no padrão de vida da família como um todo.

Os tablets e as chamadas de vídeo via Skype (ou equivalente) são os campeões na preferência da faixa 65-75. “Eles veem como uma ferramenta perfeita, de fácil manuseio e que permite ter conversas com amigos próximos e familiares, além de compartilhar detalhes e experiências”, conta André Gualda, analista do ConsumerLab da Ericsson no Brasil.

Aproveitemos todos, então.

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