A manchete de praticamente todos os jornais importantes do País neste sábado foi o fechamento do acordo entre Oi e Brasil Telecom, que teria sido selado na noite de 6a. feira, mais ou menos nos moldes que comentei aqui em 16/02 e 19/03. Até aí, nada de mais: toda a mídia já vinha dando como certo o negócio, abençoado pelo Palácio do Planalto, via BNDES.
Estranho foi o comunicado da Oi divulgado nesta manhã, afirmando que o negócio ainda não está fechado. Diz o texto: “Tomamos conhecimento que obstáculos negociais relevantes existentes entre os acionistas controlados da BRT estariam próximos de serem superados e, se confirmado este fato, as negociações deverão se intensificar e tomar nova dinâmica para ultimar a pretendida aquisição”.
O comunicado garante que ainda não houve acordo entre as várias partes envolvidas: os grupos La Fonte, Andrade Gutierrez, Opportunity e Citibank, além de vários fundos de pensão. Por que, então, teria sido divulgado um acordo que ainda não foi feito? Convém manter o pé atrás…
Curioso também que alguns especialistas, ouvidos pela imprensa nos últimos dias, continuam afirmando que o negócio irá aumentar a competição no setor de telecom, ao fortalecer a Oi em sua disputa com as outras três grandes (Vivo/Telefonica, Claro/Embratel e Tim). Ora, o que ajudaria a aumentar a competição seria justamente o contrário: estimular o surgimento de mais empresas, e não a fusão entre duas delas.
Não parece óbvio? Ou será que estou sendo ingênuo demais?
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