Entre os blogs que acesso com freqüência está o de um bom amigo (e jornalista muito competente), André Machado, de O Globo. É um dos profissionais mais bem informados da área e traz sempre dicas preciosas sobre essa “cachaça” em que se transformaram o computador e a internet.
Pois foi de André uma das análises mais apropriadas que já li sobre a questão do chamado traffic shaping (leia aqui), nome que o informatiquês deu à prática de controlar os dados que trafegam pela web. Essa praga agora está sendo discutida com mais intensidade, depois que o BitTorrent, o site de downloads mais acessado do mundo (creio eu), fez um protesto público a respeito.
A briga aí é feia. Meu caro André Machado argumenta (e eu concordo) que os provedores não têm direito de bloquear o tráfego de dados, já que a internet, pelo menos em tese, é livre. Cita, inclusive, nosso velho George Orwell e seu “1984”, com sua célebre frase: “Todos são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros”.
Mas, sempre tem um “por outro lado”: com o número de usuários aumentando geometricamente e a possibilidade de baixar todo tipo de material de graça, como acontece no BitTorrent e em outros sites do gênero, vai chegar um ponto em que a rede tem tudo para simplesmente travar! Aí, seremos todos prejudicados, certo?
Bem, sinceramente, não sei qual é a solução. Só sei que preciso da web para trabalhar, e não para baixar arquivos ilegais. Como não sou especialista no assunto, passo a bola ao André, que pode ser lido aqui.
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