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Os EUA, com medo do dólar

De volta após um pequeno descanso, leio reportagem no site da CNN sobre a reação dos revendedores norte-americanos à queda inédita do dólar no mercado internacional. Pois é, quem diria? Nunca foi tão difícil ser importador nos EUA, assim como nunca foi tão difícil ser exportador no Brasil, por exemplo.

O raciocínio é o seguinte: a queda do dólar perante as principais moedas internacionais, somada à alta dos custos de produção de certos itens (como os painéis LCD, por exemplo), está revertendo a tendência de queda nos preços dos equipamentos eletrônicos de consumo no mercado americano. Os chineses estão gastando mais para fabricar e distribuir seus componentes, devido à alta do petróleo e também a uma nova legislação trabalhista, que prevê mais benefícios aos exploradíssimos operários locais.

Esse caldo resulta em queda nas vendas do varejo americano. Diz a CNN que, em 2007, o custo médio das importações aumentou 3% (o maior dos últimos oito anos) – o que é impensável para um país onde a inflação está abaixo desse índice. Mas as más notícias não param aí. A alta dos combustíveis também afeta os negócios dentro dos EUA, principalmente o sistema de logística, que depende fundamentalmente de transportes rápidos e eficientes. E, com o dólar desvalorizado, os fornecedores asiáticos tendem a privilegiar as vendas ao mercado europeu, hoje muito mais estável.

Será que algum economista consegue prever aonde isso vai parar?

Em tempo: para ler o artigo original da CNN, clique aqui.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Já era hora dos americanos começarem a passar seus apertos,afinal de contas já passamos apertos demais e não morremos.Deve ser praga do Keynes que tentou fazer uma moeda estrutural baseada numa cesta de moedas tendo como base as principais moedas do mundo, idéia banida pelos americanos na conferência de Bretton Woods.

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