Na verdade, o executivo repete o que já disseram, no passado, seus colegas de empresas como Intel e Toshiba, que haviam sido “convocadas” pelo governo brasileiro a montar fábricas por aqui. Polidamente, é claro, recusaram. Qualquer estudante de informática sabe o tamanho de uma encrenca como essa, ainda que considerando a atual expansão do mercado interno brasileiro, que deve consumir muitos chips nos próximos anos. Em vez de abordar a questão do ponto de vista do interesse público, o governo prefere fazer demagogia, como expliquei aqui na semana passada.
As chances que o Brasil teve para entrar na fabricação de chips ocorreram nos anos 70 e 80. Mas o fechamento do País, com a malfadada reserva de mercado e a restrição às importações, não permitiu. Agora, não adianta chorar. Ou melhor, adianta investir a passos largos em educação, formar boas escolas de software e tecnologia aplicada e tentar competir mundialmente no setor de serviços; em hardware, os chineses e seus vizinhos já ganharam essa corrida faz tempo.
O mais próximo que o Brasil chegou disso, que eu saiba, é o CEITEC (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada), criado em 2005 no Rio Grande do Sul (vejam, já fazem três anos), mas que continua sendo apenas um centro de pesquisas, não uma fábrica..
Para quem tiver curiosidade em conhecer melhor o processo de montagem de uma fábrica de chips, sugiro os links abaixo:
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