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Lorotas sobre o plasma

Parabéns ao departamento de marketing da LG pela idéia: mostrar de forma criativa que muita coisa que se fala sobre o plasma é mentira. Ou, como dizem eles na campanha, “lorota”. Para passar o recado, foram contratados dois humoristas que, no vídeo que já circula pela internet, contam exatamente isso: lorotas. Vale a pena acessar: http://www.lorotas.com.br/

Passeando pelo site, ficamos conhecendo a nova linha de TVs da empresa, chamada propositalmente de “New Plasma”. A idéia é revitalizar essa tecnologia, que vem sendo derrotada nas lojas pelo LCD, muito em função de alguns mitos que se criaram. Exemplo: plasma tem vida útil curta, plasma consome mais etc. Só um aspecto ali fica meio estranho: a LG insiste em dizer que seus TVs têm taxa de contraste de 1.000.000:1, o que evidentemente é impossível. Taxas, digamos, normais giram em torno de 15.000:1, o que já é excelente. Nos testes da Infocomm, que faz comparações lado a lado em sala escura (já vi alguns pessoalmente), chega-se a, no máximo, 50.000:1. Para chegar a 1.000.000:1, teríamos que ver na tela uma imagem 20 vezes mais contrastada.

Não conheço ninguém que tenha visto imagem assim até hoje. Aliás, já comentei o assunto aqui.

Tirando isso, a LG marca um belo gol com essa campanha. Só é estranho que a Panasonic, maior defensora do plasma em todo o mundo, não tenha até hoje feito nada parecido. Mas, pensando bem, isso explica por que certas marcas ganham mercado, enquanto outras perdem.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Se o pessoal do departamento de marketing da LG fosse inteligente (pelo menos no Brasil), voltariam a investir no mercado especializado e não jogariam as revendas para distribuidores autômatos que comem a margem de lucro dos lojistas. Bastava voltar a vender direto que os pontos de venda especialziados fariam o trabalho que sempre fizeram: Vender o diferencial. Tem que ver que mercado a LG está ganhando. Mercado das massas ou o mercado de quem está disposto a gastar mais por produtos melhores? A qualidade de um produto LG jamais chegará aos pés de um Panasonic ou Philips. Quem vende porcaria para a classe C vai vender muito por pouco tempo. Quem apostar nas parcerias vai vender sempre. Diga não as drogas. Não compre e não venda produtos LG.

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