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Quanto valem as marcas

A propósito do comentário anterior, já sei que muitos leitores vão escrever esbravejando sobre o primeiro Blu-ray high-end, da Marantz, que comentei aqui ontem. Preço de lançamento: R$ 8.999. Ou seja, quatro vezes o valor do modelo Samsung, hoje o mais barato à venda no Brasil (oficialmente, porque no chamado “mercado informal” há muito mais pechinchas). Vi o aparelho funcionando e realmente é excelente, tanto em vídeo quanto principalmente em áudio. Mas, claro, não dá para afirmar que é “quatro vezes melhor” que o da Samsung.

Esse tipo de comparação, aliás, não faz sentido. Qual é a diferença entre um carro GM e um BMW da mesma categoria? Ou entre um relógio Casio e um Rolex? A diferença está na marca! Sim, a Marantz adotou um posicionamento de mercado em que pretende se diferenciar da concorrência pelo seu passado de inovações. Quer ser vista como uma marca nobre, voltada para um público seleto. É uma estratégia. Certamente vai vender menos do que Samsung, Panasonic e outras que visam o consumo de massa. Mas aqueles que compram seus produtos sabem que estão pagando por algo refinado e de alto padrão.

Quanto vale esse refinamento? Cada consumidor é que sabe.

A propósito, sugiro a leitura de alguns artigos interessantes sobre essa história das marcas:

*Das marcas de massa para o nicho

*Marca e reputação

*O efeito Daslu nas marcas de luxo

*Luxo dá o que o consumidor quer

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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