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Wi-Fi: brincadeira de mau gosto

Uma dica para quem vai viajar: nunca confiem em suas conexões Wi-Fi. Mesmo nos aeroportos de Washington e Frankfurt, dois dos mais ativos do mundo, tive problemas para me conectar. E não era o meu velho computador (velho, porém razoavelmente atualizado). Tirei a prova com pessoas de outros países. Testei vários provedores e concluí que o mais confiável (ou menos desconfiável) é o da T-Mobile, que pertence à Deutsche Telekom. Mesmo nos EUA, foi a que conectou mais rápido. Mas, claro, você paga pela velocidade que compra: se quiser a máxima, a brincadeira sai cara.

Agora, absurda mesmo é a conexão oferecida pelos provedores brasileiros. Já tentei vários. Quando você vai assinar, todos dizem que funciona bem, inclusive no Exterior. Mentira. Minha última tentativa foi com o UOL. Seu serviço Wi-Fi, lamento dizer, é horrível. Me senti enganado. Antes de viajar, comprei o pacote com a garantia de que funcionaria nos principais países. Estados Unidos, nada; Alemanha, nada; e agora Itália, niente.

Usando meu cartão telefônico (outra dica: é a forma mais barata de se comunicar no Exterior), liguei para o SAC do UOL – contando os minutos, pois o crédito do cartão é pré-pago e, se você nâo renova, a ligação cai ao final e você fica falando sozinho. Bem, todo mundo sabe como funcionam esses serviços de atendimento. No UOL, não é diferente. Você se identifica com a secretária eletrônica (moça muito amável!!!) e depois de uns dois minutos ela lhe transfere para um atendente, com a observação: “tempo de espera de aproximadamente 3 minutos”. Contando: já tinham ido 5 preciosos minutos do meu cartão. No primeiro dia em que liguei, o rapaz me garantiu de novo que o Wi-Fi do UOl funciona no Exterior. Só que demorou tanto para localizar o meu “processo” que desisti.

Agora, tentei de novo. Mais um martírio telefônico. Depois de falar com dois atendentes que pareciam não ter a menor idéia do que é uma conexão Wi-Fi, aos quais tive que dar meus dados (como e-mail, CPF e endereço), surgiu na linha o rapaz definido como “analista técnico”. Pois é, o tal analista levou 5 minutos (sim, cinco!!!) para descobrir que “não há hot spot no aeroporto de Washington”. “O quê? Meu caro, você não sabe o que está dizendo. Tinha lá umas 300 pessoas conectadas. Eu mesmo consegui, por alguns breves minutos”.

Bem, nessas horas não tem jeito, o sangue sobe mesmo. E o cara insistindo. “De qual país o senhor está falando”? “Itália”. “Pois é, o UOL não opera na Itália”. “Não diga. Nem nos EUA, nem na Alemanha… Que diabos de serviço internacional é esse”? Nenhuma palavra. E os minutos do cartão telefônico rolando. A essa altura, já tinha gasto 14! Aí veio a missão quase impossível de cancelar o serviço contratado. “Cancelar? O senhor tem certeza de que deseja cancelar”? Precisava responder? Mesmo assim, procurei manter a calma. “Bem, para cancelar vou precisar que o senhor me passe algumas informações: e-mail, CPF, endereço…”

Foram mais dois minutos de stress telefônico. Serviço cancelado. Tão cedo não assino de novo. E recomendo que ninguém o faça. Nem acredite na propaganda desses provedores.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Realmente nos aeroportos é difícil a conexão wi-fi. Só tive amplo sucesso no aeroporto Ted Stevens em Anchorage, Alasca. Lá a conexão é gratis e muito boa. Quando estou nos EUA sempre procuro as lojas da Apple. Conexão excelente e gratis para falar pelo skype phone. Quanto às provedoras de internet no Brasil, todas são caso de polícia. Infelizmente as agências reguladoras não funcionam aqui em benefício do consumidor e sim, das empresas.

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