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Downloads: um novo modelo?

O excelente repórter Joseph Palenchar, da revista norte-americana Twice, conta em artigo da semana passada algo que, segundo ele (e eu concordo), pode significar um novo modelo de negócios para a indústria de filmes – e, por tabela, para toda a indústria de entretenimento.

A idéia vem da empresa HD Giants, de Las Vegas, que conseguiu um acordo com alguns dos principais estúdios de Hollywood para obter deles os direitos sobre uma série de filmes. Tudo legal e muito bem pago, como querem os estúdios. Funciona assim: ao montar seu home theater ou sua rede doméstica, não importa quem seja o instalador, você instala em seu computador um software da HDGiants, que custa 149 dólares. 

Ao fazer isso, ganha automaticamente o direito de baixar 100 filmes, todos protegidos contra cópia indevida. Se depois quiser baixar mais filmes, é só acessar o servidor da própria HDG. Em breve, a empresa promete disponibilizar os downloads direto de seu website.

Simples, não? Palenchar lembra, bem a propósito, que esse modelo na verdade não é novo. Foi usado na década de 70 por um cara chamado Earl Muntz, que comprava das gravadores os direitos sobre determinadas músicas e as gravava no velho formato 4-track (quatro-pistas). Depois, vendia as fitas a usuários do player 4-track, que ele mesmo fabricava.

Pena, para Muntz, que essa tecnologia morreu. Mas o conceito estava certo.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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