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Beatles na web, enfim!

Agora parece que é para valer. A se acreditar nas palavras de Paul McCartney ao blog inglês Tech Radar, a discografia do quarteto mais popular de todos os tempos está prestes a ganhar alma na internet. A idéia em discussão é disponibilizar para os fãs as músicas do grupo em games do tipo “Rock Band”, ou seja, você não apenas ouve a música como disputa o jogo, vê as imagens correspondentes e, se for talentoso, quem sabe até consiga tocar as canções como Paul, John ou George.

Não sou lá muito chegado em games, mas o sucesso dos jogos na linha interativa é uma realidade mundial. Além da diversão imediatamente associada ao brinquedo (se é que posso usar essa palavra), eses jogos têm a vantagem de permitir acompanhar o processo de criação da música. “É divertido”, admite McCartney. “Gosto da idéia das pessoas conhecerem as músicas de dentro para fora”.

O acordo está sendo negociado entre a Apple (não a de Steve Jobs, mas a editora musical dos Beatles), a MTV e a Harmonix, empresa especializada em games interativos. O projeto prevê disponibilizar todos os sucessos do quarteto a partir de 2009, gerando – naturalmente – mais uma mina de ouro a partir de obras que foram compostas 40 anos atrás.

Quanto à outra Apple (esta sim, a que fabrica o iPod), continua vendo navios na sua espera pela autorização dos Beatles para colocar a discografia do grupo na loja iTunes. Nos bastidores, o que se comenta é que Steve Jobs achou muito alta a pedida de Paul, Ringo e das viúvas de John Lennon e George Harrison: US$ 200 milhões pelo acervo todo. Peguei minha calculadora e fiz a seguinte conta: se cada música na iTunes é vendida a 1,99 dólar, esse custo se paga com 100 milhões de downloads, certo? Se a Apple diz que a loja já vendeu mais de 8 bilhões de downloads, em sete anos de operação, é razoável supor que foram, na média, 1,1 bilhão de músicas vendidas por ano, ou cerca de 100 milhões por mês.

Minha conclusão (e me corrijam se estiver errado): se as músicas dos Beatles fossem, digamos, “normais” a loja levaria um mês para recuperar aquele investimento. Como são canções melhores do que a maioria do que se ouve hoje (alguém duvida?), meu palpite é que Steve Jobs recupera o dinheiro em algumas horas… O que será que o homem quer mais?

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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