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Campeões também na pirataria

O presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, Luiz Paulo Barreto, disse à Folha Informática que ficou indignado com denúncia feita pela Nintendo. A empresa japonesa, campeã dos videogames, enviou relatório ao governo americano apontando os países onde a pirataria de games não vem sendo combatida devidamente, e incluiu o Brasil entre eles.

Segundo o relatório, as medidas tomadas até hoje pelas autoridades brasileiras não estão reduzindo o comércio de cópias piratas dos jogos para o videogame Wii, o mais vendido no mundo. Diz a Nintendo que os agentes alfandegários e a polícia do Brasil não fizeram nenhuma apreensão de produtos falsificados da marca em 2008. Nenhuma!

Barreto nega, acusando o relatório de “leviano, equivocado e impreciso”, segundo a Folha. Diz ele que, no ano passado, foram apreendidos 847.334 games piratas, entre eles jogos e consoles da Nintendo, além de 204.828 jogos para computador. Sutilmente, Barreto diz que, além das medidas repressivas, a pirataria tem que ser combatida com mudanças na estratégia comercial.

Tradução: a Nintendo que baixe seus preços!

Alguém está mentindo nessa história,  e seria bom que ambas as partes esclarecessem. Será que o Conselho, que é um órgão do Ministério da Justiça, tem condições de fornecer números assim exatos sobre uma atividade tão complexa? Duvido. Como é feito esse levantamento? Me parece aquelas notícias que saem a toda hora, sobre apreensão de maconha e cocaína: foram apreendidos 455kg de droga! Será que alguém pesou tudo direitinho? E será que nenhum policial roubou algumas gramas para consumo próprio? Do lado da Nintendo, será mesmo que nenhum game Wii foi apreendido, ao longo do ano inteiro? Também acho pouco provável, considerando a quantidade de jogos que se vê por aí, até mesmo em camelôs?

Quem arrisca um palpite?

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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