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LG quer o topo

Como vem fazendo todo ano, a LG apresentou hoje, em São Paulo, sua linha 2009 nas áreas de TVs, sistemas de áudio e home theater, celulares e informática, além de linha branca e uma nova divisão de negócios, chamada “soluções corporativas”. Tem muita novidade, que vamos tentar destrinchar aqui nos próximos dias. Mas o que mais chama atenção é o otimismo da empresa coreana diante do cenário econômico de incertezas. “Não vamos falar de crise, vamos falar de novos lançamentos”, resumiu o diretor de marketing, Eduardo Toni, logo no início da apresentação.

 

 

O crescimento em 2008, segundo ele, ficou abaixo do esperado: em vez dos previstos R$ 3 bilhões, o faturamento ficou em R$ 2,8 bilhões – ainda assim, um salto razoável (12%) sobre 2007. Culpa da crise no final do ano, que persiste no primeiro trimestre de 2009, mas espera-se que ceda a partir de agora. Os números que a LG divulga sobre market-share são invejáveis para uma empresa que atua no País apenas há 12 anos: 34% de participação em TVs LCD; 24% em home theater; 23% em celulares. Há quem diga que isso é resultado de uma política de preços fora da realidade, mas de uma coisa pode-se ter certeza: market-share é algo que não se compra, pelo menos não no longo prazo. E certamente a LG não está tendo prejuízo, ao contrário.

Bem, além disso, a LG diz que pretende chegar à liderança em todos os setores onde atua fixando uma imagem de inovação que poucas empresas no mundo hoje ostentam. Veja alguns destaques entre os produtos exibidos hoje e que devem chegar ao mercado durante o ano:

*TVs com gravador e conversor de TV digital embutidos (linha Time Machine); veja aqui o vídeo.

*TVs de LED em três tamanhos (42″, 47″ e 55″), tecnologia que aos poucos deverá substituir a de LCD; estes chegam só no segundo semestre.

*Player Blu-ray que acessa diretamente o YouTube, sem necessidade de computador (assista).

*Celular com display 3D, 8Gb de memória, GPS e capacidade de reproduzir imagens em alta definição (foto).

*Monitor 3D de 42″, com software que permite dar efeito tridimensional até mesmo a filmes comuns em DVD (não é exatamente o mesmo efeito do conteúdo produzido originalmente em 3D, mas uma simulação bem razoável).

*Computador do tipo NAS (Network Attached Storage) com 4 terabytes de capacidade, 4 drives HDD e acesso remoto.

Como disse, nos próximos dias e semanas vamos tentar explicar melhor o que significam esses e outros conceitos. De qualquer forma, é positivo o fato de que o consumidor brasileiro passa a ter acesso muito mais rápido a novidades que chegaram há pouco no mercado internacional.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • “Propaganda e promoção não sustentam um produto ruim. Nem um produto inadequado a sua época.”
    Akio Morita, empresário japonês

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