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WiMax: onde e quando?

Parece brincadeira, mas enquanto no Brasil discutimos as falhas no serviço de banda larga (como mostrei no post anterior), nos EUA a conversa é bem outra. Claro, não vamos nos iludir. Já houve inúmeros relatos de queda de conexão também no Primeiro Mundo. A diferença é o que acontece depois: dificilmente alguém deixa de ser punido. Bem, mas o assunto do momento nos EUA é WiMax, a tecnologia que permite conexões bem mais rápidas e seguras e que, segundo a maioria dos especialistas, irá dominar o mundo daqui a alguns anos.

O Caderno Link, do Estadão, publica nesta segunda-feira reportagem de Lucas Pretti sobre a rede WiMax na cidade de Portland, segunda do país a receber a novidade (a primeira havia sido Baltimore, no ano passado). Pretti descreve as maravilhas de se andar pela cidade, inclusive em alta velocidade, sem queda de sinal, podendo acessar a web em qualquer lugar (a cobertura é de 50 quilômetros). Pagando 30 dólares mensais, o usuário tem acesso a uma rede de até 70Mbps, contra no máximo 10Mbps das redes 3G. Detalhe: a conexão não cai nunca, porque a cidade inteira está interligada via WiMax. Diz o repórter que até o final do ano outras oito cidades americanas estarão na mesma situação, atingindo um universo de 120 milhões de habitantes.

Enquanto isso, no Brasil, empresas como Embratel e Samsung já fazem experiências com a tecnologia WiMax. Mas existe uma barreira: ainda não foi feita a regulamentação do serviço pela Anatel, e não há prazo para isso. Caímos então na mesma enganação da internet banda larga que comentei antes: o WiMax pode se tornar mais uma terra de ninguém, com redes precárias e os Procons entupidos de reclamações que não adiantam nada. Aliás, o mesmo pode acontecer com o PLC (Power Line Communication), serviço de internet rápida via redes elétricas, também em fase experimental no Brasil. Depende de regulamentação.

Como seria bom se o governo nada tivesse a ver com isso!

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

View Comments

  • Acho muito simplista querer comparar EUA com Brasil.

    Se fosse assim tão simples a imprementação, já a pelo menos 5 anos a WiMax já estaria implementada no mundo todo (pois o padrão já está definido a mais tempo que isso).

    E vejam só... uma cidade por ano... num país que detem as principais patentes relacionadas à tecnologia... e as principais indústrias dos equipamentos a serem utilizados... significa que nao é tão trivial assim como dá a entender o artigo.

  • O que acontece aqui, diferente de outros paises, chamdos de 1º mundo, é: não temos nenhum orgão responsável para a fiscalização da qualidade de serviços de tecnologia, e nós brasileiros não temos a atitude de processar por essa má, péssima qualidade de serviço disponibilizado, e os que tem esta atitude, nossa justiça retarda a solução do problema.
    Conclusão: AS EMPRESAS FICAM À VONTADE DE FAZER E DEFAZER, O QUE BEM LHES CONVÉM.

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Orlando Barrozo

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