Agora é oficial: as emissoras de TV (pelo menos as mais importantes) são contra a multiprogramação, uma das novidades previstas no padrão brasileiro de TV Digital (SBTVD) e defendidas arduamente quando da escolha do padrão japonês. Pois é, agora todo mundo é contra. Ou quase todo mundo. Em Las Vegas, onde foi participar da convenção da NAB (associação das emissoras americanas), Daniel Slaviero, presidente da Abert (sua equivalente brasileira), disse que a entidade vai lutar contra a autorização do Ministério das Comunicações para que emissoras transmitam multiprogramação. Ou seja, eles não querem fazer – e não querem que ninguém faça.
Segundo disse Slaviero ao Tela Viva – que, por sinal, faz a melhor cobertura da NAB – as emissoras querem testar todas as possibilidades de multiprogramação, mas para recepção móvel (celulares e notebooks). No caso das residências, a idéia é focar na alta definição, e esta, como se sabe, é incompatível com multiprogramação porque rouba quase toda a banda disponível. Fernando Bittencourt, diretor de engenharia da Globo, afirmou há duas semanas que também é contra, e não escondeu a a razão: “Dá muito mais trabalho e custa muito mais caro. Você precisa produzir muito mais programas e, no final, o bolo publicitário acaba sendo o mesmo. Multiprogramação é coisa para quem não depende de publicidade”.
Mais claro, impossível. Só que vão ter de mudar a lei, mais uma vez. O decreto que instituiu a TV Digital no Brasil prevê que o sinal gerado pelas emissoras abertas deve ser o mesmo transmitido para todo mundo, seja para recepção residencial ou móvel. Essa discussão ainda vai longe.
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