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Tecnologia tem seu preço

Interessante a polêmica em torno do meu comentário sobre plasma, publicado aqui na semana passada. Mostra que muitos leitores (e os consumidores em geral) estão ligados nessa disputa dos TVs de tela fina. Aliás, a notícia de ontem – sobre o novo TV de led da LG, exibido na Coréia – só vem reforçar que as tecnologias não param de evoluir. Por isso, não é de muita utilidade ficar se queixando dos altos preços dos novos produtos. Não há como ser diferente.

Sei que às vezes acontecem abusos, que devem ser denunciados, mas quem ficar esperando os preços baixarem corre o risco de ser deixado para trás nessa história. Claro, muitos não se importam com isso, mas a evolução tecnológica tem um custo, que sempre é pago por aqueles que os americanos chamam de “early adopters”, ou seja, os que gostam de comprar as novidades logo que aparecem. Os preços só caem depois que o produto passa dessa fase inicial e atinge o mercado de massa. Sempre foi assim, e vai continuar sendo.

No caso brasileiro, uma boa forma de brigar contra isso é reclamar – sempre que possível – dos altos impostos que o governo cobra sobre as empresas e os produtos. É isso que faz um aparelho no Brasil custar quatro ou cinco vezes o que custa nos EUA, por exemplo. Outra atitude possível é exigir que esse mesmo governo use bem o dinheiro arrecadado com os impostos, coisa que, como sabemos todos, é utopia por aqui.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Ola, nunca fui boa de matematica, mas meu raciocinio sempre foi logico. Algumas tecnologias, se nao for a maioria, voce consegue usufruir se a "maioria" as adquire. Isto eh, tem utilidade plena se puder trocar com algum outro usuario a sua potencia. Entao, pergunto: _ Pra que ser a primeira, pagar mais e usar com a minoria? Nao seria mais logico, (que Bacon me desculpe este significado pra logica) vender a inovacao de uma vez por um preco acessivel pela maioria e depois deixar os concorrente se danar com o periodo posterior e partir pra uma proxima inovacao? O problema... o grande problema eh que poucos CEOS pensam na maioria... Eles preferem manter aquela panelinha... usando-a de graca... para divulgar o seu ultimo lancamento. Eh assim que fonuncia o marketing gratis: o boca-boca, alias eficiente, diga-se de passagem, quando confiavel. Outro problema, e este eh um dos piores tormentos da tecnologo eh a invencao inusitada e nao copiada ou aperfeicoada. A ultima que achei interessante foi de um capacete que faz voce se tranferir de um lugar para outro sem sair do lugar, com direito a sensacoes do toque. Dinah

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