A colunista Sonia Racy, do Estadão, deu hoje um furo nacional ao revelar quanto dona Lily Safra, acionista majoritária do Ponto Frio, está pedindo pela marca e as 455 lojas da rede: R$ 1,5 bilhão. A maior oferta até agora teria sido de R$ 1,2 bi, e por isso as negociações estancaram. Mas a família quer mesmo se livrar do negócio de varejo, se possível concretizando tudo até o fim desta semana, para anunciar oficialmente a venda em junho. Como se sabe, os prejuízos da rede vêm se acumulando neste início de ano, e banqueiro nenhum admite levar prejuízo.
Diz o jornal que três grupos continuam na disputa: Magazine Luiza (que seria o mais forte deles), Insinuante (rede com sede em Salvador) e Silvio Santos (que foi o primeiro a apresentar proposta). A vantagem do Luiza se deve ao fato de trabalhar com o Unibanco, que administra sua operação de crédito direto ao consumidor “LuizaCred”; o banco é o mesmo que cuida do “Investcred”, do Ponto Frio. Há quem diga que o Unibanco, agora associado ao Itaú, tem interesse em assumir o controle das duas redes – até porque está entre os maiores credores de ambas. O Luiza investiu pesado no final do ano passado, em plena crise do varejo, abrindo ao mesmo tempo 50 lojas na Grande São Paulo. Assumindo o Ponto Frio, ficaria com uma rede de 160 lojas, maior até que a das Casas Bahia. É preciso ver se as famílias Setubal e Moreira Salles, controladoras do Unibanco, concordam com esse plano.
Já a Insinuante tem outro parceiro de peso, o Banking & Trade Group (BTG), do banqueiro André Esteves, que recentemente vendeu sua parte do grupo suíço UBS. E Silvio Santos… bem, Silvio Santos tem o SBT e o Banco Panamericano. Vejam, portanto, que estamos falando de bancos. Toda a indústria acompanha atentamente as negociações, conduzidas em absoluto sigilo (como é de praxe), porque o Ponto Frio está entre os três maiores compradores de eletrônicos do País. E não interessa a ninguém que essa situação se estenda por muito tempo.
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Mulher de sorte. Pega esta grana, investe na Europa e esqueça que um dia teve negocios na Republica Bolivariana do Brasil.