Nas últimas semanas, ouvi de três fontes diferentes – todos executivos de grandes empresas – sobre a expectativa em relação à Copa de 2010. Parece que todo mundo enxerga o evento como catalizador de um novo boom nas vendas de eletrônicos no País. Não chega a ser propriamente novidade: a cada quatro anos isso acontece, embora nem sempre com os resultados esperados. Na última Copa, plasmas e LCDs haviam acabado de chegar a níveis de preço interessantes para a classe média, e os fabricantes venderam muito. Mesmo assim, alguns não conseguiram ter lucro, dada a fenomenal queima de preços forçada pelo varejo.
Não dá para prever como será desta vez, mas o fato é que a Copa desperta no Brasil não apenas paixões futebolísticas, mas também ansiedades empresariais de vários tipos. É muito dinheiro em jogo, e para as emissoras, que neste momento negociam os contratos de patrocínio das coberturas, falar em interatividade é como colocar mais chantilly no bolo. Na semana passada, o presidente do Fórum da TV Digital (SBTVD), Frederico Nogueira (que é também vice-presidente da Rede Bandeirantes), disse ao IDG Now que até o ano que vem o mercado já terá grande oferta de produtos de interatividade. “Na Copa de 2006, tivemos o começo da alta definição”, afirmou Nogueira. “A de 2010 vai ser a Copa do Full-HD e do começo da interatividade”.
Segundo Nogueira, a recente aprovação do padrão Java DTV (também conhecido como “Ginga-Java”) permitirá que esses produtos comecem a chegar ao mercado por volta de outubro e se tornem grande atração nas vendas de Natal. Até onde sei, não é bem assim. Com exceção talvez da Globo, nenhuma emissora importante terá condições de oferecer serviços interativos em prazo tão curto. Tomara que eu esteja errado, mas a euforia de Nogueira é motivo de desconfiança quando ele diz: “Há grandes chances de o Java DTV se tornar padrão mundial de interatividade”. Padrão mundial? Não será otimismo demais?
Sobre o Java DTV, leia esta excelente reportagem de Cristina de Luca, publicada no site Convergência Digital.
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