O Brasil ficou mais democrático esta semana, com a decisão do Supremo Tribunal Federal de abolir a exigência de diploma para quem exerce a profissão de jornalista. Essa lei, aprovada na época da ditadura militar (justamente quando a imprensa estava sob censura), significou durante todos esses anos uma odiosa reserva de mercado para pessoas que, mesmo sem qualificação, conseguiam emprego armadas de um diploma. E serviu também para estimular a multiplicação de dezenas de escolas de jornalismo que são, na verdade, meros caça-níqueis.
Sou diplomado em Jornalismo pela USP, e nem por isso me considero melhor profissional do que diversos colegas que não fizeram o curso. Grandes repórteres, editores e redatores que conheci jamais cursaram faculdade de jornalismo – e aí podemos incluir até imortais como Nelson Rodrigues, Carlos Drummond de Andrade, Otto Lara Rezende e tantos outros. Bom jornalista é aquele que sabe escrever, não o que faz curso superior.
Não resisto a comparar essa lei às tais cotas para negros nas universidades. Funciona como uma espécie de preconceito invertido: se alguém precisa de cota (ou reserva de mercado) para conquistar o seu espaço, é porque esse alguém é incapaz de consegui-lo por mérito próprio. Ou não?
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Agora só falta médicos, advogados e outros profissionais medíocres sem diploma exercerem papeis de nível superior. É o Brasil no caminho do caos.