Uma pergunta que alguns especialistas em banda larga vêm se fazendo: para onde irão os usuários que estão desistindo do Speedy após as seguidas panes? Embora neguem, as outras operadoras buscam formas de atrair esses verdadeiros órfãos que a Telefonica está deixando pelo caminho. Uma emissora de rádio paulista abriu um canal de reclamações sobre o assunto e recebeu, num único dia, mais de 100 chamadas de ouvintes que pretendiam desistir do Speedy. O problema é: qual serviço de banda larga assinar?
Na prática, existem hoje no Brasil três alternativas com cobertura nacional: Net/Virtua, TVA/Ajato e Oi (esta hoje controlando a rede da Brasil Telecom). É muito pouco. A divisão de mercado idealizada durante as privatizações, a meu ver, foi esdrúxula: substituiu o antigo monopólio estatal (lembram-se da Telebrás, Telesp, Telerj…?) por um sistema híbrido, em que cada operadora tem praticamente o domínio total sobre seu território, como acontece com a Telefonica em São Paulo. Concorrência mesmo, que é bom, passa longe desse setor.
Antes que vozes mais altas se alevantem, como dizia o poeta, esclareço que não sou contra as privatizações, muito ao contrário. Deveríamos ter cinco, oito, dez operadoras oferecendo serviços de qualidade em todo o País, de modo que o usuário pudesse trocar quando não estivesse satisfeito. É assim que funciona nos países civilizados. Só que o Estado não pode abrir mão de seu dever de fiscalizar, que é justamente o que não acontece hoje. Como já comentei aqui algumas vezes, a Anatel, quando age, o faz tardiamente, como reconheceu esta semana o próprio ouvidor da agência, Nilberto Miranda, em depoimento na Câmara Federal.
Notem que os problemas começaram a aparecer quando a demanda por banda larga aumentou, revelando que as operadoras não estavam (será que estão?) preparadas para atender as necessidades do País (a propósito, leiam este artigo). E isso também tem a ver com o aparelhamento da Anatel, que – como diversos órgãos públicos – virou mais um enorme cabide de empregos para apadrinhados do Palácio do Planalto.
Triste, muito triste!
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Caro Orlando.Esse governo é mesmo uma vergonha.Só usa recursos para beneficiar-se para proxima eleição.Esse mesmo ministro (reporter da globo)é eterno candidato e não sabe nada de telecomunicações.Alem do mais como ficam as pessoas (pense bem nisso) q estão comprando os milhares de PCs e notebooks?Proibir(a venda do speedy) é facil e chama a atenção(olha a politica de novo),quero ver a resolução do problema.A Anatel é puro cabide de emprego petista ( ou aliados).Meu Deus.onde chegamos.Que vergonha de país.
Se tivesse ainda a concorrência entre Speedy, Ajato e Net, estava bom. O que acontece é que na prática isso não acontece. Moro na Av. Sao Joao, no centro de SP e lá o único serviço de banda larga fixa é o Speedy. Como a Anatel proibiu a venda desse serviço, fico sem internet. A alternativa, no meu caso sriam as redes 3G, cujos pacotes "ilimitados" são limitados a 1Gb e custam o dobro do preço da internet fixa. A Anatel está, na verdade, me punindo. A agencia deveria proibir a venda de todos os outros serviços (net e ajato) até possuam a cobertura integral na cidade onde operam.