Há pouco tempo, um leitor me acusou de fazer parte de um tal PIG (“Partido da Imprensa Golpista”). Vim a saber depois que é dessa forma que os fãs do atual governo chamam os jornalistas que o criticam. Evidentemente, é uma atitude típica de quem não tem argumentos, pois é sempre mais fácil se defender acusando. Mas, lendo o noticiário político (cada vez mais indigesto), noto que voltou a ser moda apontar o dedo para a mídia, acusando-a de todos os males. Assim fizeram esta semana, por exemplo, o senador José Sarney, aquele deputado que disse se lixar para a opinião pública e também o jornalista Franklin Martins, principal assessor de comunicação do presidente Lula.
Essa moda vai e volta como as ondas do mar, ganhando especial intensidade em épocas de escândalos. Já foi seguida por políticos, empresários, artistas, técnicos e jogadores de futebol, enfim, pessoas públicas que não aceitam críticas (o que é incoerente: se você decide ser uma figura pública, tem que estar aberto a ser criticado). A lista de “perseguidos” já incluiu, no passado, gente como Fernando Collor, Vanderlei Luxemburgo, George Bush, Caetano Veloso, Zagalo, Roberto Jefferson – para se ver como é fácil acusar a mídia. Foi assim nos tempos do mensalão, hoje esquecido, e agora de novo, com essa interminável crise do Senado.
Como integrante da mídia, confesso que não me sinto totalmente à vontade para defendê-la, até porque sei dos interesses que movem os órgãos de comunicação. Também não sou a favor do corporativismo que manda apoiar todos os jornalistas, como se entre eles também não houvesse canalhas e criminosos. No entanto, toda vez que ouço alguém criticar a imprensa lembro de uma antiga frase do sábio Millor Fernandes: “Jornalista tem que ser de oposição”. Não sei se era exatamente essa a frase, mas o conceito era.
Tenho amigos jornalistas que trabalham ou já trabalharam para órgãos do governo – mas nem por isso se prostituíram! Infelizmente, não se pode dizer o mesmo de figuras que largaram as redações para aliar-se ao poder. Franklin Martins é apenas mais um deles. Preferiu estar ao lado de Lula, Sarney e cia. Escolheu o lado certo. O lado do escândalo.
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Exelente comentario. O Flanklin tem a familia inteira no coracão do ali baba (lula).
Aqui no Rio Grande do Sul o grupo RBS está fazendo de tudo para derrubar o governo do PSDB em favor de Tarso Genro. Em troca ganhou 4 concessões de TVs no interior (tudo documentado). Algum petista vai acusar eles de que? Amiguinhos do rei? Esta é a mídia que deveria ser criticada.