Voltei para o hotel fazendo as contas de cabeça. Os tais 4 mil euros, se convertidos ao câmbio de hoje, dariam algo em torno de 11 mil reais. Coloque aí (arredondando) 100% de imposto de importação e chegamos a R$ 22 mil; claro, esse é o preço final, não o que custa para a Philips, mas vamos em frente. Acrescente os demais tributos que incidem sobre a indústria em geral e podemos pensar tranquilamente em R$ 35 mil. E não se pode esquecer que um aparelho como esse exigiria uma logística complexa para chegar inteiro da Bélgica, onde é produzido, até o Brasil. Logística que também custa caro. No chute, calculei uns R$ 50 mil! Quem aí pagaria isso por um televisor?
Na verdade, o aspecto financeiro é importante, mas não só. Como a Philips é a única que produz esse TV (e tem exclusividade com seu fornecedor de painéis), tem todo interesse em colocá-lo nos principais mercados – e o Brasil é hoje um deles. Vai reforçar a imagem da marca, que foi um pouco abalada nos últimos anos, e restabelecer seu conceito como empresa inovadora. O que talvez valha mais do que a eventual margem de lucro.Detalhe importante: depois que terceirizou o negócio de TVs nos EUA, o grupo elegeu os países do BRIC como prioritários.
O Cinema 21:9 é um produto irresistível, como voltei a confirmar aqui em Berlim. Já ganhou todos os prêmios de produto do ano na Europa, e com certeza ganhará também onde quer que seja lançado. Tomara que saia mesmo.
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Seria um produto perfeito para uma marca como a Philips do Brasil que procura atingir os formadores de opinião e quem procura qualidade, país onde os consumidores médios estão cada vez mais preocupados com preços e status da marca. Depois de se consolidar como fornecedora de produtos TOP e não só como Marca TOP, a Philips conseguirá vender os produtos populares para o publico seguidor.
Orlando,
Apesar de você não ser da área comercial, acho que vc não chutou muito fora não, afinal a ZX1 da Sony custa quase metade da 21:9 e chegou no Brasil por R$ 24.000,00... acho que seria produto pra pelo menos R$ 40.000,00.... claro que depende da agressividade da Philips, pq hj as Samsungs de LED custam no Brasil menos que o dobro do preço anúnciado no mercado americano...
A Philips deveria trazer esse aparelho para o Brasil,mesmo custando caro(o que é uma pena) como fazem as montadoras de automóveis que produzam seu modêlos "normais" e lançam séries "esportivas" recheadas de aderêços e tecnologia mas que só vendem meia dúzia de unidades,não representam lucro significativos mas ajudam a elevar a marca como atualizada e assim vender muitos dos modêlos "de entrada".Aqui no Brasil bem que essa marca está necessitando de uma atitude desse tipo pois está muito no "arroz com feijão",não tem plasmas nem LED,está ficando para trás...
Gostaria de saber como vai ficar a imagem dos filmes que em nossos TVs 16x9 preenchem toda a tela. Teríamos então uma imagem achatada??
Orlando,
As transmissôes digitais foram padronizadas no formato 19x9, este aparelho esta no formato cinema,como ficaria uma imagem de tv digital nesta tv?
Abs
Com a entrada acirrada da Samsung e LG não ´so a Philips como também a Sony perdeu o seu valor no mercado nacional por que as suas concorrentes entraram pesado sem medo de errar. A agressividade junto a novidade e nacionalização de produtos como faz a Samsung são armas impressidiveis neste ramo. Eles colocaram o ano passado um televisor chamado Aurea no mercado brasileiro, porém com um preço inviável para a grande classe B. Eles tem que trazer o produto a valores parecidos com a LED da Samsung ou melhor produzir o produto aqui e não na Belgica. É simples basta copiar a idéia da Samsung e produzir o Cinema 21:9 no Brasil. Acho muito dificil isto acontecer tirando como exemplo o projeto de telas 3D que era o mais avançado e deixaram de lado.
Não tenham dúvidas que este tv chegará aqui com preço da concorrência. Isto não depende de tendencia, é fato que quando uma tecnologia surpreende transforma-se em padrão. Pagam caro só aqueles que querem ser os primeiros.