É o que se pergunta o pessoal dos departamentos financeiros, que têm arrepios toda vez que alguém fala em feira. Mas os alemães demonstraram uma rara competência desta vez. Conseguiram convencer as grandes empresas – elas que são as estrelas do espetáculo – a apostarem na IFA como uma espécie de divisor de águas: com tantos produtos interessantes chegando, é perfeitamente possível fazer com que este final de ano apague as péssimas notícias dos últimos doze meses. E que todo mundo entre em 2010 num clima de mais alto astral. Como resumiu sir Howard Stringer, o chefão da Sony: “Esta IFA é simplesmente crucial para o mercado”.
Como se sabe, a CES é o evento que abre o ano. Claro que, para o mercado americano (ainda o maior do mundo), é uma feira muito mais significativa do que a IFA ou qualquer outra. Muitos dos produtos expostos em Berlim se destinam apenas ao mercado europeu, talvez nem cheguem aos EUA. Mas, se forem bem em vendas no Natal, será um ótimo sinal também para Obama e Tio Sam, que não vêem a hora de espantar essa crise. Uma diferença fundamental desta IFA para as anteriores é que há muitos produtos já chegando às lojas, e não apenas protótipos, o que faz muita diferença. Se você entrar em qualquer site especializado americano, inglês ou alemão, irá encontrar testes de muitos produtos que tiveram sua estréia aqui em Berlim. E nada melhor para estimular o consumo do que um teste positivo num site ou revista que tenha credibilidade.
Enfim, o quadro está montado. Agora, só falta combinar com o consumidor.
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