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WiMax, enfim, saindo do papel

O Conselho Diretor da Anatel acaba de dar o primeiro passo para, enfim, liberar o uso da tecnologia WiMax em telefones celulares no Brasil. Até a última terça-feira, somente operadoras de telefonia fixa (STFC) e de serviços multimídia (SMC) estavam autorizadas a isso. Agora, também as de telefonia móvel (SMP) poderão fazê-lo – desde que, é claro, adquiram suas respectivas faixas de freqüência. A Anatel está abrindo consulta pública a respeito, e promete realizar o primeiro leilão das freqüências (na faixa de 3,5Ghz) até o final do ano.

Por incrível que pareça, esse assunto está sendo discutido desde 2006, quando o Tribunal de Contas da União cancelou um leilão da Anatel acusando irregularidades. Na época, um desentendimento entre a agência e o Ministério das Comunicações interrompeu todo o processo de análise do sistema. Nesse meio-tempo, o WiMax passou a ser oferecido, segundo a consultoria especializada Teleco, apenas a empresas por cinco operadoras de telefonia fixa: Embratel, Brasil Telecom (hoje controlada pela Oi), ambas com cobertura nacional; Neovia (especializada em edifícios e condomínios verticais no Estado de São Paulo); WKVE (Minas, Bahia e Espírito Santo); e Grupo Sinos (Rio Grande do Sul).

Quando puder ser utilizado em celulares, o WiMax (Worldwide Interoperability for Microwave Access) irá significar o fim da maioria dos problemas nas conexões de banda larga que enfrentamos atualmente. Essa tecnologia permite cobrir sem fio, com uma única torre, um raio de 50km com rede de alta velocidade (até 70 megabits por segundo). Dá para transmitir até sinal de televisão. Ouso dizer que, se não houver (mas certamente haverá) ingerência política, o WiMax sai do papel antes da banda larga cabeada prometida pelo governo. A conferir.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Tudo uma maravilha, mas o preço que chega é absurdo, não, obrigado! já não basta o 3g que não presta custa mais de 119 reais, imagina uma que funciona? Além disso, pra que 70 mbps se só nos deixam baixar até 2 giga?

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