Pelo jeito, vai ter de ser na marra: o Brasil foi incluído pela ONU, na semana passada, numa lista de países que não conseguem reciclar o chamado “lixo eletrônico”. Não estamos mal acompanhados. A lista inclui até países supostamente de Primeiro Mundo, como Itália e Espanha. Mas dá ênfase aos emergentes: Brasil, Rússia, México, Turquia, Índia e, é claro, a inevitável China. Segundo a ONU, a forma como aparelhos elétricos e eletrônicos usados são descartados pode colocar em risco o próprio desenvolvimento desses países. Os produtos são simplesmente jogados no lixo, na rua, em rios ou no mato. Não só a população desses países está desinformada sobre as conseqüências desse ato, como seus governos não têm qualquer política voltada à reciclagem.
Uma boa iniciativa está sendo tomada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que quer regulamentar o descarte de lixo eletrônico no País. Evidentemente, isso ainda terá que passar por muitas instâncias antes de tornar-se realidade, mas já é um começo. Esta semana, André Luiz Saraiva, coordenador do projeto, disse ao Estadão que o problema está ficando mais grave com a troca dos TVs analógicos, de tubo CRT, pelos de plasma e LCD. “Quando o governo escolheu o padrão digital, deveria ter pensado antes em capacitar a indústria para encontrar uma solução para o problema das TVs antigas”, disse Saraiva. “Foi criado algum centro de reciclagem para os produtos que foram sendo desativados? Não. O Brasil só pensou no incremento de vendas. Agora a sociedade pergunta para a indústria o que fazer com as TVs velhas. Pergunte para o ministro Hélio Costa”.
Saraiva lembra, com toda razão, que os tubos de raios catódicos (CRT) contêm material tóxico. Um TV desse tipo não pode simplesmente ser jogado na rua, como muitos fazem. É preciso separar o vidro da parte plástica e das placas eletrônicas, além de isolar o óxido que recobre a superfície interna. Isso só pode ser feito por técnicos especializados, numa usina adequadamente preparada. Existe alguma no Brasil? Que eu saiba, não. Alguém sabe? Comentei aqui tempos atrás sobre uma iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, mas confesso que nunca mais ouvi falar do assunto (leiam, a propósito, este artigo).
Bem, há uma luz no fim do túnel. A Philips, que durante anos foi líder de vendas em TVs de tubo no País, lança na próxima segunda-feira o Programa Ciclo Sustentável, que entre outras coisas prevê a reciclagem de aparelhos usados da marca. Se todos os fabricantes de TVs e monitores fizessem o mesmo, o País se livraria de um problemão.
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Orlando, a indústria de eletrônicos que pretende expandir as suas vendas, precisam expandirem conciências ecológicas, caso contrário vamos pagar muito caro!
Governo, sociedade e empresas precisam equalizarem soluções de transformação do lixo eletrônico, assim temos que explorar menos recursos naturais que um dia acaba.
André Luiz Saraiva é claro que o governo não pensou e isso é um problema para toda sociedade, até quando vamos ter governantes que não pensam em pro da sociedade, qualquer enovação tecnológica, precisa passar pelo plenajamento de reciclagem do lixo eletrônico,exemplo: todo produto exitem um código de barra, que poderia ser tranferido para uma nota fiscal eletrônica e em seguida para um banco de dados do fornecedor/fabricante, assim na compra de um novo produto o sistema localizava o produto anterior e ao devolver o produto para o fabricante o sistema valorizava a preço de mercado e ao emitir a nova nota fiscal eletrônica do novo produto, descontava pelo código de barra o produto anterior(lixo eletrônico). Sabemos que é um assunto inesgotável e a sociedade precisa acordar para diminuir o impacto de suas consequências. Abs. Dinaldo
gostaria de saber o que fazer p/eu montar um espaço de reciclagem de lixo pois onde moro vejo que tem varias coisas que podem ser recicladas
Assunto problematico para o brasil,também tive a intenção de iniciar a reciclar materiais de informatica ,mas conclui que nosso pais não se importa pela problema ambiental ,a que está ocorrendo pelo excesso de lixo eletrônico ,o pais não se preocupa em projetar nenhum modelo de maquina apropriada para a reciclagem desses materiais .Não conheço o processo no brasil ,mas sei que é possivel,isso já ocorre em varios empresas americanas exemplo ,digitar recicling crt ,podemos que é possivel reciclar os tubos dos monitores ,tvs,extrair os materiais pesados que são o fósforo, o chumbo ,a qual possuem em grande quantidade .
Se possivel ,se tiver alguma pessoa bem informada sobre rciclagem de tubos de tvs ou monitores (crt)
,mandar um e mail para giovanni@restaucormoveis.com.br. obrigado