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Quanto custa uma marca nobre?

 Reportagem da Folha de São Paulo outro dia mostrava que alguns franqueados da Apple no Brasil querem “popularizar” a marca, baixando os preços de seus computadores para atingir a classe C. “O objetivo é quebrar a imagem de que Apple é produto de elite”, resumiu Marcelo Sé, dono da rede MyStore, atualmente com quatro lojas em São Paulo e pretendendo abrir mais duas até o final do ano. Segundo o jornal, são vendidos atualmente no País cerca de 50 mil computadores Apple por ano, ou menos de 1% de todo o mercado, que este ano estima superar a marca dos 12 milhões de aparelhos. O sucesso do iPod e do iPhone anima os franqueados a planejar a conquista de até 3% do mercado, o que não é pouca coisa. Significaria vender mais de 300 mil Macs, Macbooks etc.

Sinceramente, não sei qual é a mágica dessa conta. Todo mundo sabe, e o próprio Steve Jobs alardeia isso há anos, que os produtos da Apple, principalmente os computadores, são para poucas pessoas – poucas e exigentes, dispostas a pagar mais caro por um produto que julgam melhor que os concorrentes. “Popularizar” significa quebrar essa aura, inclusive reduzindo as margens de lucro, tão protegidas pela empresa. Será que mr. Jobs concorda com essa estratégia?

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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