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Vem aí o Super WiFi

A FCC (Federal Communications Commission), equivalente americana da nossa Anatel, acaba de dar o primeiro grande passo para implantação em larga escala do novo padrão de conexões móveis que, na falta de definição melhor, está sendo chamado de “Super WiFi”. Na semana passada, o órgão anunciou que irá utilizar as freqüências vagas de televisão para concessões de banda larga móvel. “Pode ser uma nova revolução nas comunicações”, comentou o presidente da Dell Computers, Michael Dell.

Não é exagero. Usando o espectro entre 300 e 400MHz, a chamada “faixa branca”, empresas especializadas em comunicação sem fio podem criar redes de altíssima velocidade e muito maior alcance usando o padrão WiFi. Hoje, as conexões cobrem no máximo um raio de 100 metros; com o Super WiFi, isso sobe para 1,5 km! Empresas como Microsoft, HP, Google, Intel e Motorola, além da própria Dell, vinham pressionando a FCC a tomar essa decisão. Todas estão de olho no novo mercado, estimado em pelo menos US$ 12 bilhões por ano.

“É pouco”, comentou Dell para a agência Bloomberg. “As aplicações para essa nova tecnologia não têm limites”. Falta agora a regulamentação, mas nos EUA – bem diferente daqui – governo e empresas trabalham juntos para colocar a coisa em funcionamento no prazo mais rápido possível. Afinal, todo mundo tem a ganhar com conexões mais rápidas.

Até agora, não houve notícia de que o governo americano queira criar uma estatal para cuidar do assunto.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • É isto Orlando, enquanto isto aqui no Brasil temos de nos contentar com uma banda larga medíocre e caríssima. E nem se fale no 4G, porque o 3G não funciona aqui, é uma vergonha e apesar das reclamações constantes não se faz nada, a Anatel não toma posição. É triste ver quando uma empresa como a Harman vem investir no Brasil e acredita em nosso país e nossas autoridades continuam com a mentalidade mesquinha, tacanha e completamnete fora da realidade. Uma coisa é certa, o que impusiona este país são seus empreendedores privados. O gverno só faz atrapalhar e desviar recursos!

  • Quando esta banda larga chegar ao Brasil não só será criada a EMBRABLAV (Empresa Brasileira de Banda Larga de Altíssima Velocidade) para "cuidar" da nova tecnologia (também para alocar alguns amigos) como também será instituído o ISBLAV (Imposto Sobre Banda Larga de Altíssima Velocidade). Será uma empresa nos moldes da TELEBRAS, ou seja, venderão planos com valores absurdos e o cliente poderá fazer uso da tecnologia em cerca de dois anos, pois a estatal não terá capacidade de atender todos os pedidos. Qualquer semelhança com os planos de telefonia fixa vendidos no passado será mera coincidência.

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