Ainda sobre o mesmo tema: fui dar uma olhada melhor nessa questão de impostos e tributos que pagamos (às vezes até sem perceber) e descobri uma série de sites que ajudam a entender esse, digamos, “assalto oficial”. O site Portal Tributário, por exemplo, lista 85 itens, entre impostos, tributos, taxas, contribuições etc. (brasileiro é mesmo muito criativo…). Vários deles incidem sobre produtos eletrônicos, que são o nosso foco aqui.

Já o Scribd explica em detalhes o que significa cada imposto, enquanto o artigo A História dos Tributos no Brasil mostra que o assalto é coisa cultural, antiga, apenas vem sendo aperfeiçoado pelos governos recentes. Por sua vez, o site Finanças Práticas presta um ótimo serviço ao explicar para que serve cada imposto e como o dinheiro é (ou deveria ser) empregado. Interessante ainda a explicação da especialista Dahyana Siman a respeito dos gastos públicos. E, finalmente, o site Depósito na Web detalha a situação específica dos aparelhos eletrônicos.

É isso. Antes de reclamar ou acusar, é bom se informar.

3 thoughts on “E por falar em imposto (2)

  1. As pessoas sempre reclamam da alta carga tributária no Brasil e dizem que os serviços públicos são ruins. Mas, as pessoas esquecem que o PIB per capita brasileiro é em torno de 8.000 dólares enquanto o dos EUA é em torno de 46.000 e da Alemanha é em torno de 40.000 dólares. E, aí, mesmo que a nossa carga tributária seja alta, o total dos tributos arrecadado pelo governo é pequeno. Se tomarmos a carga de 36% para o Brasil, o total de tributos será em torno de 2.800 dólares per capita anuais e considerando a carga de 27% para os EUA, o valor será em torno de 12.000 dólares anuais. Sendo assim, mesmo que a nossa carga tributária seja mais alta que a dos EUA, não é possível para o governo brasileiro fornecer serviços públicos (educação, saúde, segurança, etc) na mesma qualidade dos países desenvolvidos. Sem falar que não havia saúde pública para todos nos EUA até recentemente. Evidentemente, há muita corrupção no Brasil, mas ela em si não consegue explicar porque os serviços públicos no Brasil não são bons como dos países desenvolvidos. E, a carga tributária em si, não consegue explicar tudo. Apesar de tudo, aqui no Brasil, o governo fornece coquetel anti-AIDS gratuito diferentemente da maioria dos países. Sempre devemos levar em consideração a porcentagem e os valores absolutos. É aquela história: 10% de 1.000.000 é 100.000 enquanto 50% de 10 são apenas 5.

  2. Wilson!

    A questão de o governo distribuir o coquetel anti HIV gratuitamente, é preciso sacrificar o atendimento e distribuição de remédios para mais de 200 pessoas saudáveis para atender apenas um doente de AIDS.
    O tratamento para AIDS custa ao todo R$ 13 mil só o coquetel mensal. Nada se cria, dinheiro não cai do céu, o governo só desloca dos contribuintes o dinheiro para atender a demanda. O governo em si não trabalha, só faz cortesia com o chapéu dos outros, ainda mais o atual.

  3. Olá Wilson.
    Gostaria de saber se você tem dados referentes a países que estão no mesmo patamar de desenvolvimento sócio-econômico que o Brasil. Acredito que não podemos comparar Brasil com EUA. Ambos têm território proporcional mas a população estadunidense é de aproximadamente 100 milhões a mais que a do Brasil. O que dizer então com relação aos germanos. Eles tem apenas 357.050 km quadrados (um pouco maior que o estado de SP) e um pouco mais que o dobro da população do mesmo estado. Por que não comparar o Brasil com Chile, Argentina, México, África do Sul, Índia e tantos outros que estão no eterno “em desenvolvimento”?

    Abraço

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