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O dólar não é mais aquele

Peço licença para palpitar mais uma vez sobre assunto que não é o foco deste blog: economia. Mas é que a situação exige. O que está acontecendo no mundo inteiro com o dólar certamente terá reflexos no Brasil, mais cedo ou mais tarde. E pode afetar o setor de tecnologia, que é e sempre foi atrelado à moeda americana.

Meu amigo Celso Ming, do Estadão, só pra variar, parece ter matado a charada. Os EUA, que não conseguem sair da crise, escolheram a pior maneira de tentar: inundar o mundo de dólares, para forçar a desvalorização de sua moeda e, com isso, a volta dos investimentos no País. É, guardadas as proporções, mais ou menos o que a China vem fazendo há anos. Só que os outros países ricos (e também os emergentes, como o Brasil) são contra. O problema é que ninguém tem uma solução melhor. E todo mundo sabe que, se a economia americana não se recuperar, será pior – afinal, ali continua existindo a maior quantidade de consumidores do planeta.

Sim, o dólar já não tem aquele mesmo brilho de anos atrás, a não ser para turistas brasileiros que gastam os seus aos montes em Miami, Nova York etc. Mas não tem jeito: as verdinhas ainda são referência no mundo inteiro. E vai ser difícil trocá-las por notas de outra cor.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Olá!
    A armação em cima da moeda chinesa é apenas cortina de fumaça, qual a intenção americana ainda não sabemos, parece desespero, nada mais.
    Em tempo, relação de troca dolar/iuan em 2006 1:8; em 2010 1:6.6
    Abraços.

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Orlando Barrozo

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