Será que a indústria eletrônica pode salvar a economia americana? Quem pergunta não sou eu, mas o The Wall Street Journal, mais importante publicação econômica do mundo. Motivo: enquanto Obama e seus ministros penam para recolocar a situação nos eixos depois da crise de 2008/09, as vendas de produtos eletrônicos continuam subindo. Menos do que antes, é verdade, mas subindo.
O último relatório da CEA (Consumer Electronics Association) diz que os fabricantes faturaram em 2010 cerca de US$ 180 bilhões, o que representa 6% a mais do que em 2009. Nada mau, para um país que ostenta quase 10% de desemprego e uma crise sem precedentes no setor imobiliário, que afeta diretamente as vendas de eletrônicos.
Bem, isso tudo se refere aos EUA. Quando se trata da economia mundial, a conversa é bem outra. A mesma CEA divulgou hoje que a receita de seus afiliados (cerca de 2.500 fabricantes de eletrônicos) foi de US$ 873 bilhões em 2010, ou 13% a mais do que no ano anterior. E prevê que em 2011 irá se aproximar (talvez ultrapassar) da marca histórica de US$ 1 trilhão – o número estimado é: US$ 964 bilhões. Os principais responsáveis pela expansão foram a China (24% de crescimento em 2010), o Oriente Médio (25%) e – acreditem – a África (70%).
Para este ano, a previsão é de que o crescimento seja puxado pela Europa (23%). Mais importante: para os próximos cinco anos, quem vai empurrar essa locomotiva serão asiáticos (particularmente os chineses, que a CEA conta como uma região à parte) e… sim, nós, sul-americanos. “Ásia e América do Sul, somadas, deverão ter mais peso do que Europa e América do Norte juntas”, prevê Steve Koenig, diretor de análise de mercado da CEA.
Vejam a tabela abaixo (em bilhões de dólares):
ANO | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011* |
RECEITA | 794 | 849 | 771 | 873 | 964 |
CRESC. | — | +7% | – 9% | 13% | +10% |
*estimativa
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