Estudo recente do Departamento de Comunicação da Universidade de Nova York (NYU) levantou a situação das emissoras públicas de televisão em 15 países do Primeiro Mundo. A íntegra do documento está aqui, para quem quiser saber os detalhes, mas o que me parece mais significativo – para nós, do Terceiro Mundo – é comparar a maneira como o tema é encarado aqui e lá.

Só para ilustrar, vejam alguns tópicos que preocupam os pesquisadores NYU:

*Na maioria dos países pesquisados, os canais públicos são vistos como muito importantes para informar a população e ajudá-la a cobrar melhores serviços do governo;

*As emissoras públicas devem se manter, tanto quanto possível, distantes dos governantes e dos anunciantes, principalmente em relação aos conteúdos que levam ao ar; as que conseguem isso são as mais confiáveis, para o público em geral;

*É importante que as TVs públicas sejam monitoradas por órgãos (conselhos) independentes e prestem contas regularmente de seus serviços.

Enquanto isso, no Brasil, pela enésima vez o Tribunal de Contas da União está apontando irregularidades na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), aquela que foi criada no governo Lula sob inspiração do ex-ministro Franklin Martins. A denúncia, agora, envolve “uso de documento falso e favorecimento” numa licitação para contratar serviços de digitalização de arquivos. E quem foi a favorecida? A Tecnet, onde trabalha Claudio Martins, filho do ex-ministro.

É para essas coisas que serve a TV Pública, certo?

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