Quase toda a imprensa especializada internacional parece alarmada com as notícias de que o fornecimento de semicondutores será comprometido pela desativação de fábricas no Japão. Calcula-se em 25% a “quebra” do setor, devido aos danos em unidades das empresas Shin-Etsu e MEMC, grandes fornecedores de wafers, que são aquelas finas placas de silício que servem de base para a construção dos chips. Somente uma dessas fábricas, a da Shin-Etsu na cidade de Shirakawa, vizinha a Fukushima, onde fica a bendita usina nuclear ameaçada, seria responsável por 20% da produção mundial de pastilhas de silício.
Além dos problemas causados na estrutura das fábricas e nos seus equipamentos, a tragédia japonesa tem outros contornos. Há escassez de água e comida, o que impede muitos trabalhadores de continuar em atividade. Em certas regiões, a água pode ter sido contaminada pela radiação que escapou da usina nuclear, afetando inclusive a qualidade do leite, da carne e das verduras. Muitas rodovias, ferrovias e metrovias também foram afetadas, dificultando o deslocamento dos técnicos que fazem funcionar as fábricas. E, como se recomenda numa situação de crise como essa, as autoridades japonesas determinaram racionamento de alguns itens, inclusive de energia, o que a maioria das empresas prontamente atendeu.
Bem, tudo isso sem falar nas (até agora) mais de 7 mil vidas humanas que o tsunami levou, e que são a pior tragédia de todas. Para a indústria mundial, o drama da falta de componentes deve levar alguns meses; para as famílias dessas pessoas, talvez uma vida inteira.
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