De volta após duas semanas, cá estamos tentando (re)engatar este blog. Obrigado aos leitores que enviaram mensagens nesse período, as quais não pude responder (nem acessei o blog nos últimos 15 dias). Vamos tentar atualizar tudo aos poucos, embora certos assuntos sejam tão antigos que nem sei se merecem mais comentários. Só para citar um exemplo: mais um leitor (no caso, leitora) escreveu para reclamar que comprou um TV Sharp e não recebeu!!! Já perdi a conta… Pior: não há o que responder. Quem entrou nessa roubada só pode mesmo lamentar. Mesmo que a Sharp volte a operar no Brasil – como já tentou uma vez – não será através do antigo Grupo Machline, responsável por levar a empresa ao desastre que foi. Um possível novo parceiro não terá como assumir dívidas e compromissos daquela época (anos 1990).
Aos outros leitores que enviaram perguntas e/ou comentários, peço que aguardem alguns dias. Na medida do possível, responderemos a todos. Volta de viagem é sempre tumultuada. Ao chegar, neste fim de semana, fui resgatar o noticiário destas duas semanas e, sinceramente, não encontrei nada muito significativo. Mas não resisto a comentar uma notícia (mais uma…) que nada tem a ver com a tecnologia e, no entanto, tem muito a ver com o país que queremos construir para nossos filhos: pela enésima vez nos últimos meses, um imbecil embriagado, dirigindo em alta velocidade, atropelou e matou duas mulheres (mãe e filha) neste sábado, na calçada em frente a um shopping center de São Paulo. Foi preso em flagrante, mas – como sabemos – esse detalhe não faz muita diferente, neste país onde recursos e liminares distribuídos à vontade impedem a devida punição a criminosos de vários quilates.
O episódio me chamou atenção porque, nos últimos 15 dias, viajei de carro pelo interior da Alemanha e não me lembro de ter visto nem um policial nas ruas e estradas que percorri. Dirigi por pistas grandes e pequenas, até algumas de altíssima velocidade, onde frequentemente era ultrapassado por motoristas dirigindo a 180 ou 200 quilômetros por hora. Não vi um só acidente, ou mesmo algum carro amassado. Mais ainda: nenhum posto de pedágio em mais de 3 mil quilômetros percorridos! Repito: nenhum!!! Motivo: não é necessário. Mesmo quando estão em alta velocidade, as pessoas se respeitam. Sabem que, caso contrário, a punição será severa.
É o mesmo senso de civilidade que dispensa o uso de catracas em trens, ônibus, bondes e metrôs. Ninguém precisa comprar seu bilhete para usar o transporte público alemão, um dos mais eficientes do mundo. E, ainda assim, todos o fazem. E validam suas passagens em máquinas automáticas disponíveis em todas as estações. Também neste caso, a punição aos infratores é dura: se um fiscal lhe pedir o bilhete e você não o tiver validado, há até o risco de ser preso!
Não, a Alemanha não é um país perfeito. Longe disso. Apenas civilizado. Lá, ninguém atropela impunemente.
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Seja bem vindo! Pegar no tranco é difícil, ainda mais quando voltamos da civilização...
Sobre o que você citou, caro Orlando, acrescento outro absurdo: a absolvição de Edmundo, que matou no trânsito nos anos 90 e até agora continua livre e solto por ai. E graças a nossa grande justiça (com j minúsculo mesmo), vai ficar assim até aprontar mais uma.
Abs
Julio Cohen
É muito difícil ter que admitir mas nunca seremos civilizados como os alemães.Isso se constata quando vemos que o capital humano no Brasil se esvai em escala exponencial.É,as coisas ainda vão piorar muito antes de piorarem ainda mais.Quem sobreviver verá...