Duas das maiores produtoras de conteúdo do mundo – Playboy e HBO – acabam de lançar serviços de video-on-demand. O “Hot Shots”, da Playboy Television, já disponível no Brasil, oferece vídeos curtos (até 20 minutos) de conteúdo erótico, ao custo de R$ 9,90 cada. Já o “HBO Go”, por enquanto apenas em alguns países latinoamericanos, permite assistir aos conteúdos da emissora não apenas no TV, mas também em computadores, tablets e smartphones – basta ser assinante de uma operadora que transmita o canal.
Há poucos dias, numa rápida pesquisa, levantei cerca de 20 serviços desse tipo – tecnicamente chamados OTT (Over-the-top) – que já podem ser acessados a partir dos EUA. Não incluí na lista Apple TV, que é exclusivo para usuários de aparelhos dessa marca, e GoogleTV, que chegou a ser lançado mas foi retirado do ar para aprimoramentos (dizem que volta ainda este ano). Netflix foi o primeiro do gênero, mas com uma proposta restrita ao catálogo da empresa, que aliás é enorme. Os demais prometem, literalmente, tudo que é possível acessar pela internet, mais conteúdos específicos de empresas que aceitem compartilhar os lucros. Hulu.com, por exemplo, é uma joint-venture entre Disney, NBC/Universal e Fox com um fundo de investimentos que está bancando a oferta de conteúdos dessas três (e mais uma dezena de outras), para acesso em qualquer tipo de plataforma ou dispositivo.
Segundo a empresa de pesquisas In-Stat, o mercado mundial para essas caixinhas – chamadas set-top box, mas que pouco têm a ver com os conhecidos conversores de TV Digital (na verdade, são pequenos computadores dedicados) – deve crescer 14% este ano e provavelmente o dobro em 2012. O que nos espera é um outro tipo de entretenimento, seja em casa ou quando estivermos em trânsito. Como disse a revista inglesa The Economist: “O velho modelo de TV paga está se despedaçando”.
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