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OLED promete voltar

Saiu na revista americana Electronic House: graças a uma nova tecnologia desenvolvida pela DuPont, os displays OLED, que pareciam esquecidos, podem voltar com força em 2012. Como já comentamos aqui, o custo de fabricação desses aparelhos é proibitivo, devido à perda de material. Mas a DuPont garante ter desenvolvido um novo processo industrial, que permitirá reduzir substancialmente essas perdas, inclusive na produção de telas grandes.

Boa parte dos atuais smartphones e tablets utiliza displays OLED (Organic Light-Emitting Diode), que os fabricantes chamam AM-OLEDs pelo fato de serem do tipo matriz ativa (AM, em inglês). Para tamanhos pequenos, o processo de produção está mais ou menos resolvido, porque as perdas podem ser minimizadas. O problema é quando se tenta produzir telas maiores: acima de 20 polegadas, as perdas vão aumentando em escala exponencial.

As perdas decorrem do fato de se usar material orgânico (geralmente carbono ou derivados) como base para a fabricação do display; aliás, não se deve confundir OLED com LED, embora a raiz da sigla seja a mesma: leds (Light-emitting Diodes) são microdispositivos luminosos que substituem as lâmpadas convencionais. Na produção de um display OLED, utiliza-se um vidro especial, sobre o qual é aplicada uma camada de material orgânico. Este é super-aquecido e transformado em vapor para ser aplicado de forma homogênea sobre o painel de pixels. A vantagem do carbono é seu alto poder de luminosidade. Mas o vapor escapa pelo ar em grandes quantidades, exigindo uma complexa estrutura de proteção.

Segundo a DuPont, o novo processo é semelhante ao de uma impressora jato de tinta: o carbono é aplicado em partículas, e em altíssima velocidade, dispensando o superaquecimento (vejam no link uma explicação mais detalhada). Diz a Electronic House que já existe um acordo da DuPont com a LG para ser o primeiro fabricante a adotar esse processo na produção de displays OLED, com tamanhos de até 55 polegadas. Já haveria até uma data marcada para lançamento comercial: final de 2012. Será?

Bem, o que se pode afirmar que, por ser uma tecnologia ainda muito nova, o OLED tem enorme potencial de crescimento. O modelo da foto é um OLED 31″ que a LG exibiu na IFA 2010; reparem como a imagem é naturalmente nítida (na edição 2011, a empresa não mostrou novidades nessa área). Sabe-se que Sony e Samsung também estão trabalhando em seus laboratórios para chegar a uma solução acessível ao mercado. Mas é bom não se iludir: mesmo com esses avanços, o custo de um TV desses será, no mínimo, 50% mais alto que o de um plasma ou LED-LCD equivalente.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Com o elevado custo para produzir uma tela de OLED eu pergunto quanto seria no Brasil um tv de OLED de "55 ou 60" o segundo tamanho está nos meus planos de adquirir em breve uma LED! acho que o valor de uma OLED desses tamanhos no Brasilimposto srsrsr seria quase o valor de uma boa entrada em um imovel se tratando de Brasilimposto.

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