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iPhone brasileiro: qual a vantagem?

O site Gizmodo, em sua versão brasileira, deu um furo esta semana ao descobrir um consumidor (deve ser o único…) que comprou um iPhone made in Brazil. Sim, o aparelho existe, e o infeliz comprador até se identificou (na verdade, disse que “ganhou” de presente). Seja como for, é a primeira vez que se tem notícia da venda do produto que no ano passado causou tanta polêmica. Foi de fato produzido na unidade da Foxconn em Jundiaí (SP). O detalhe é o preço: nada menos de R$ 1.799 por um modelo de apenas 8Gb, valor similar ao do importado.

Caem por terra, dessa forma, todos os argumentos levantados pelo governo brasileiro ao forçar – praticamente implorar – a instalação de uma montadora de produtos Apple no Brasil, como cansamos de relatar em 2011. Com incentivos de toda ordem, e até a inclusão dos tablets na chamada Lei do Bem, que proporciona isenções fiscais a produtos de informática, ainda assim o consumidor não tem vantagem alguma em adquirir o aparelho feito no próprio país.

Resta ver quanto tempo irá durar o “novo iPhone” nas mãos do usuário que o comprou.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Orlando,

    Eu entendo que nesta questão cabe a máximo do presidente da Mercedez-Benz no Brasil: por que cobrar menos se o brasileiro paga o preço cobrado?

    Fico pensando se a Apple brasileira (?) ou seu representante oficial tem qualquer interesse em baixar os preços dos produtos, seja dos importados ou dos nacionais. Para quê? O consumidor brasileiro concorda em comprar seus smartphones "subsidiados" (para mim é venda casada, mas...) por operadoras e pagando os absurdos que cobram. Não encontrei qualquer justificativa para baixarem os preços...

    É curioso que apenas entre os smartphones top de linha os preços não parecem cair. É possível comprar notebooks de última geração por R$ 1.500,00 (eu tenho um), mas um smartphone demora muitos meses até começar a ter um preço menos caro (mais barato não é, rs) e isto invariavelmente está atrelado ao lançamento de uma nova versão ou mesmo um produto novo. Exemplo é o Galaxy SII, da Samsung, ainda vendido por cerca de R$ 1.799,00 sem os tais subsídios. Sem antecessor está sendo encontrado a R$ 999,00, mas somente após o lançamento do novo modelo.

    Não é algo curioso que a mesma empresa que fabrica TVs 3D a pouco mais de R$ 2.300,00 venda um aparelho com o 1/10 do seu tamanho por preço quase equivalente? Não vou entrar no que cada um faz, mas é meio surreal isto... eu acho, rs.

    Abs.

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