Categories: Uncategorized

Se for jogar, não dirija. Ou dirija?

Na maioria das grandes cidades, ultimamente dirigir passou a ser atividade de alto risco, dada a quantidade de irresponsáveis ao volante e a falta de fiscalização. Mesmo dirigindo com calma e atenção, é grande o perigo de ser atingido por um desses facínoras disfarçados de motoristas. E quando se está parado num engarrafamento, a chance de ser assaltado (ou coisa pior) aumenta muito. Os fabricantes usam tecnologia de ponta para dar maior segurança aos veículos, mas há certos avanços (ou seria retrocessos?) que, na prática, podem colocar tudo a perder.

Nos EUA, ocorre atualmente um interessante debate entre montadoras, fabricantes de acessórios eletrônicos, entidades que lutam por maior segurança no trânsito e órgãos de defesa do consumidor. Marcas de prestígio – Ford, BMW, Mercedes – sofisticaram tanto os sistemas de navegação de seus carros que estes, vejam só, estão se tornando menos controláveis pelo usuário. Já há quem defenda a ação da Suprema Corte para refrear os abusos. Mas essa é uma polêmica que ainda vai longe (vejam isto).

Vejam o que acaba de ser lançado no Japão pela Toyota, hoje a maior montadora do mundo: um brinquedinho chamado Kuruma de DS (tradução literal: “Use o DS no Carro”). Sim, o Nintendo DS, videogame portátil que milhões de crianças (e também alguns adultos) adoram. Nos novos Toyota, o usuário pode transformar o aparelho num super-GPS, fazendo-o “conversar” com o automóvel. Segundo o site Kotaku, especializado em games, não custa barato: o equivalente a US$ 2.600. Mas quem resiste a, em meio ao engarrafamento, curtir um joguinho? Sim, porque no caos atual do trânsito de São Paulo ou Rio, por exemplo, o GPS em si não teria muita utilidade.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

Share
Published by
Orlando Barrozo

Recent Posts

Até onde chega o brilho das TVs?

Meses atrás, chamávamos a atenção dos leitores para os exageros nas especificações de brilho das…

3 dias ago

Netflix lidera, mas cai mais um pouco

                  Em outubro de 2021, publicávamos -…

2 semanas ago

Inteligência Artificial não tem mais volta

Pouco se falou, na CES 2025, em qualidade de imagem. Claro, todo fabricante diz que…

4 semanas ago

TV 3D, pelo menos em games

                          Tida como…

4 semanas ago

TV na CES. Para ver e comprar na hora

Para quem visita a CES (minha primeira foi em 1987, ainda em Chicago), há sempre…

4 semanas ago

Meta joga tudo no ventilador

    Uma pausa na cobertura da CES para comentar a estapafúrdia decisão da Meta,…

4 semanas ago