São inúmeras as histórias de brasileiros em viagem tentando usar a sua famosa “malandragem”, como se em todos os países essa atitude, digamos, pouco ética fosse aceita tranquilamente. Acostumados a passar a perna até em seus amigos e parentes, muitos não vêem nada de mais, por exemplo, em furar filas, dirigir na contramão ou até – como eu mesmo já testemunhei – sair do hotel sem pagar a conta.
Pois, segundo a revista americana Forbes, o brasileiro médio não passa de um otário! Isso mesmo, com todo respeito. Transcrevo da coluna Radar Econômico, no site do Estadão: “Desculpem, Brazukas… Não há status em um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand or Dodge Durango. Não se deixe enganar pagando o preço de tabela. Definitivamente, você está sendo enganado.” O texto é tradução de reportagem da Forbes sobre os altos preços cobrados no Brasil e que a maioria da população aceita pagar sem maiores reclamações. E cita vários exemplos, todos na área dos automóveis, para mostrar que não se trata apenas de impostos altos. É ganância mesmo, de um lado, e idiotice do outro, daí porque o chamado “mercado do luxo” tem no Brasil uma de suas mais altas taxas de crescimento.
O jornalista Silvio Crespo, responsável pela coluna, sintetizou bem a situação: “… o que acontece é uma parceria não escrita entre o governo e as montadoras. As empresas aceitam pagar imposto alto e, em troca, têm a garantia de que as tarifas de importação serão ainda mais altas, minando a concorrência externa e permitindo aos fabricantes do País vender um carro caro e menos equipado do que os estrangeiros.”
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