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Onde a Apple não é líder?

Sim, existe um país onde a empresa da maçã não consegue impor seu poderio. Adivinhem: claro, a China. Lá, a quantidade de marcas e modelos de smartphone é tão impressionante que o pobre iPhone só consegue ser, acreditem, o sétimo colocado nas vendas. Esse dado faz parte de uma pesquisa divulgada esta semana pela consultoria IHS iSuppli. Detalhe: a coreana Samsung e a finlandesa Nokia estão, respectivamente, nas posições 1 e 5.

É interessante lembrar alguns detalhes sobre o mercado chinês, que este ano responde por simplesmente 26,5% das vendas de smartphones em todo o mundo, superando assim os EUA como maior mercado do planeta. Devido ao seu histórico atraso econômico e tecnológico (nem vamos falar de política), os chineses ficaram anos sem telefone, enquanto outros países ampliavam suas redes fixas. Quando finalmente o governo de lá decidiu abrir o mercado, em meados dos anos 80, constatou-se que seria mais fácil investir na telefonia celular. Mais fácil, mais rápido e muito mais barato. Resultado: o país, que tem área equivalente à do Brasil e população dez vezes maior, hoje praticamente só tem redes móveis.

Na prática, significa que as conexões de banda larga são frágeis e lentas; e que a qualidade dos aparelhos está longe do ideal. Aos chineses interessa, acima de tudo, quantidade. Daí porque os produtos da Apple têm dificuldade de se propagar como acontece no mundo inteiro. Segundo o site DisplayCentral, a maior parte dos aparelhos que a Samsung vende por lá tem preço final abaixo dos 100 dólares, o mesmo que cobram os fabricantes chineses. Ainda assim, os coreanos têm enorme lucro, até porque os aparelhos são fabricados lá mesmo, na China.

O quadro abaixo, divulgado pela IDC, mostra o despropósito entre a China e os demais países que mais compram celulares, entre eles o Brasil. Confiram:

 

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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