Corre o risco de ir para os ares (sem trocadilho) o projeto de um novo satélite geoestacionário brasileiro, que seria destinado exclusivamente ao setor de telecom. Com ele, dizem alguns experts, o país conseguiria prover banda larga de qualidade (até 50Mbps) até às regiões mais remotas da Amazônia. Ao ler a notícia, fui pesquisar mais a fundo, pois não sou especialista.
No blog Brazilian Space, vejo que Duda Falcão, um dos que mais entendem do assunto, questiona aspectos do projeto. Primeiro, o prazo de lançamento: final de 2014, totalmente inexequível, já que até agora não foi assinado o contrato com a empresa fornecedora da tecnologia (dizem que será a japonesa Mitsubishi). Como de hábito neste governo, anunciam-se metas como se fossem dados consumados, apenas para fazer demagogia e mostrar que o país está evoluindo. Foi assim com a fábrica brasileira de chips, com a história dos tablets, depois os displays de cristal líquido…
No caso do satélite, uma diferença importante em relação ao projeto original é que seu uso não será exclusivo do setor de telecom. As Forças Armadas também pretendem utilizá-lo para melhorar a segurança de fronteiras, o que me parece sensato. Para tocar o projeto, foi criada uma empresa cujo controle é dividido entre Telebrás, Ministério das Comunicações e a ex-estatal Embraer, a quem caberia o gerenciamento. Pelo que pude apurar, um projeto desse tipo tem custo aproximado de R$ 1 bilhão. A área econômica do governo ainda não sabe de onde tirar o dinheiro (vejam aqui alguns dados do Minicom).
Outro projeto que envolve a Telebrás, e está parado por indefinição financeira, é o da expansão da rede de cabos submarinos que hoje dá suporte às redes de dados. Como em tantos outros projetos estatais, a Odebrecht, construtora que financia a maior parte das campanhas eleitorais do PT, foi chamada a cuidar deste. Mas não topou entrar sozinha, e agora busca-se um sócio, de preferência estrangeiro, que traria também a tecnologia necessária.
Pela enésima vez, quando se trata de tecnologia – setor eminentemente técnico, que exige planejamento e visão de futuro – o governo está patinando. É o que acontece quando se unem incompetência gerencial e interesses políticos.
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