Prometi na semana passada analisar um pouco mais a fundo o relatório da CEA (Consumer Electronics Association), que indica cinco tendências para o setor de tecnologia nos próximos anos. O texto dedica várias páginas ao segmento de televisores, que embora já não seja o mais rentável é ainda o que dá maior visibilidade às empresas. Com tantos novos produtos surgindo a todo momento, é inegável que o TV continua sendo o “centro das atenções” na maioria das residências. É em torno dele que convergem os demais aparelhos, e isso fica evidente, mais uma vez, quando se discute a questão da “segunda tela”. Sobre esta, porém, falaremos mais à frente.
O quadro abaixo mostra as previsões da CEA para os próximos anos, em cada categoria de TV vendida atualmente, em milhares de unidades. Notem que os 4K só entram a partir de 2013, enquanto os OLED, que atualmente existem apenas na Ásia, ocupam parcela ínfima das vendas. É bom lembrar que esses números não se referem aos itens vendidos pelas lojas, mas sim às quantidades que saem das fábricas. Ainda assim, são bons indicadores para entender a situação.
TIPO DE TV |
2011 |
2012 |
2013 |
2014 |
2015 |
FULL-HD |
15.334 |
17.053 |
18.604 |
20.396 |
22.142 |
4K (UHD) |
— |
— |
20 |
190 |
1.305 |
REDE |
6.431 |
10.022 |
13.650 |
16.782 |
19.416 |
3D |
2.728 |
5.565 |
8.682 |
12.415 |
15.030 |
WEB |
3.349 |
7.334 |
11.368 |
14.097 |
16.775 |
OLED |
10 |
34 |
128 |
503 |
1.305 |
A partir de 2012, observa-se certa proporcionalidade entre o crescimento dos TVs Full-HD como um todo e os do tipo smart, como chamamos os modelos que acessam a internet e os que podem se integrar a redes domésticas. Mas as proporções se alteram expressivamente quando se vê a evolução prevista para os TVs 3D; e mais ainda ao analisar as novas tecnologias (4K e OLED). Quer dizer, a indústria acredita mesmo que estas, embora mais caras e direcionadas a nichos de mercado (pelo menos por enquanto), terão crescimento muito rápido.
Quanto aos TVs atuais, ninguém mais tem dúvida de que o caminho está aberto para os modelos com painel de LED, que já neste ano irão representar 55% de todas as vendas de LCDs, devendo atingir 75% até 2015. Plasmas nem são citados no estudo, pois terão participação residual nesse mercado.
O problema, como já comentamos aqui, é que a própria indústria criou uma guerra de preços que, embora beneficie o consumidor, funciona a longo prazo como um tiro no pé dos fabricantes. Descapitalizados e com margens de lucro espremidas, eles hoje sofrem para investir nas novas tecnologias. Concordam que somente estas serão lucrativas, mas terão de convencer o consumidor a fazer mais uma migração – sendo que a última, dos TVs analógicos para os digitais, ainda está acontecendo.
Um desafio e tanto!
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