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Um padrão para áudio sem fio

Já comentamos aqui, várias vezes, sobre a profusão de siglas, padrões e protocolos que só prejudica a evolução tecnológica e, portanto, os consumidores. Mas parece inevitável que tenhamos mais um: WiSA (Wireless Speaker and Audio). Hoje, essa sigla identifica a entidade internacional de fabricantes que atuam no segmento, incluindo os setores de áudio/vídeo, redes e telecom. Na semana passada, a WiSA Association nomeou um comitê técnico para definir normas a serem seguidas pela indústria, especialmente nos campos de TV digital e sistemas de multiroom.

A ideia (ou utopia?) é que todos os produtos voltados para home theater, eletrônica de consumo e áudio/vídeo profissional adotem o mesmo padrão de funcionamento, conexões e interoperabilidade. Para tanto, o tal comitê tem a missão de se entender com outros grupos do gênero. Foram citados especificamente quatro: IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), AES (Audio Engineering Society), HDMI (High-Definition Multimedia Interface) e MHL (Mobile High-Definition Link). Todos devem ser convencidos a incluir especificações de áudio sem fio de alta resolução em suas normas, que assim se tornariam universais e obrigatórias, não apenas para fabricantes, mas também para emissoras de rádio e televisão, produtores de conteúdo (filme, vídeo, música), provedores de internet etc.

Correndo por fora, há o padrão AirPlay, da Apple, usado por um número crescente de fabricantes e que, na prática, oferece os mesmos benefícios. O correto seria todos se reunirem em torno de um único padrão, mas, com tantos grupos envolvidos (e cada um tem lá seus interesses, nem sempre divulgáveis), talvez essa seja mais uma utopia, apenas isso.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Acho perfeitamente viável criar um protocolo único, mas assim como o DLNA, ele deve ser pensado de forma que aproveite padrões existentes na maioria dos devices como Wi-Fi / Ethernet.

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