Em entrevista a jornalistas locais na última sexta-feira, o ministro da Economia do Japão, Seiji Maehara, disse que o governo não irá ajudar financeiramente os grandes grupos do setor eletrônico, atualmente em crise. O comentário, publicado pelo jornal The Japan Daily Press, veio a propósito das péssimas notícias da semana, quando saíram os balanços trimestrais de Sharp, Panasonic e Sony. As duas primeiras, somadas, já acumularam prejuízo de mais de US$ 15 bilhões em doze meses.
Anos atrás, o governo japonês socorreu sua maior companhia aérea, a Japan Airlines, que ameaçava falir, e no início deste ano estatizou a Tepco, administradora da usina atômica de Fukushima, semidestruída pelo tsunami. Mas, pelo visto, foram casos especiais. “É bom que as empresas eletrônicas não esperem medidas semelhantes”, disse Maehara. “Numa sociedade capitalista, cabe às próprias empresas a tarefa de se reconstruir.”
Segundo o jornal, a Panasonic conseguiu empréstimo no valor de US$ 7,6 bilhões, junto a um consórcio de bancos japoneses. A Sony está em plena reestruturação, que irá significar milhares de demissões e o fechamento de algumas fábricas. E a Sharp, que já contraiu empréstimos de US$ 5,6 bilhões, continua com dívida altíssima.
Foi-se, portanto, o tempo em que o governo japonês protegia suas empresas na competição contra as estrangeiras. Hoje, as autoridades se preocupam com a reconstrução do país após as tragédias do ano passado (ainda há desabrigados) e não têm de onde tirar mais dinheiro – hoje, foi divulgada a taxa de crescimento no trimestre julho-setembro, nada menos do que 3,5% negativos. Ou seja, o Japão ficou 3,5% mais pobre em três meses. Isso, sim, é que é crise.
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