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Conversando e aprendendo

A partir de hoje, pretendo compartilhar com os leitores alguns ensinamentos que obtive durante a convenção internacional da distribuidora Som Maior, na semana passada. Pude conversar com vários executivos de empresas estrangeiras e, em alguns casos, a palavra “ensinamento” cabe perfeitamente. Com a evolução tecnológica constante, e tão rápida, às vezes fica difícil separar a informação realmente relevante daquilo que é apenas marketing. Continuamos tentando.

 

 

Um caso exemplar está no segmento de cabos. Matthew Hegt, da AudioQuest, que lançou no evento o que podemos chamar de “nova geração” de cabos para rede (os Cat 7), nos deu uma verdadeira aula sobre construção de cabos. Segundo ele, a empresa decidiu que não irá mais fabricar os modelos denominados twisted pair (par trançado), após constatar o grau de distorções sobre os sinais de áudio. “Um cabo é feito de vários fios que se entrelaçam em alguns pontos”, explicou Hegt. “Acontece que cada fio produz seu próprio campo magnético, e as interferências entre esses campos são inevitáveis. Por isso, além de blindar cada um dos fios, estamos dando prioridade para os cabos sólidos ou semi-sólidos.”

 

A imagem ao lado ajuda a entender do que Hegt está falando. Para fazer cabos estreitos, que passem em qualquer duto, alguns fabricantes exageram: utilizam fios extremamente finos e os entrelaçam. É algo que o usuário não vê, porque apenas os conectores ficam aparentes. Há dois problemas nesse critério. Primeiro, como explicou Hegt, o entrelaçamento aumenta o risco de interferências, que distorcem o sinal. Segundo, a capacidade de transmissão do cabo é proporcional ao seu diâmetro: quando muito finos, não conseguem preservar o sinal na íntegra durante todo o seu percurso.

A solução, portanto, é optar por diâmetros maiores e, claro, marcas de boa referência no mercado. A propósito, este hot site tem boas dicas a respeito.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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