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O futuro dos smart TVs

Nove de cada dez mensagens que circulam nos blogs e nas redes sociais que tratam do tema “televisão” referem-se ao novo papel que o televisor começa a desempenhar na vida das pessoas. Há muito achismo, é claro, mas é consenso que esse aparelho nunca mais será o mesmo. Ou, dito de outra forma, nós nunca mais o usaremos da maneira como temos feito desde que foi lançado comercialmente, na década de 1950.

A popularização dos chamados smart TVs é apenas um dos aspectos, e talvez o mais visível, desse fenômeno. No início, era apenas uma forma dos fabricantes acrescentarem um recurso visual e, com isso, atraírem mais compradores. Com o tempo, foi se verificando que a diversidade de conteúdos e de serviços que podem ser agregados a um TV é praticamente ilimitada – depende apenas da criatividade dos desenvolvedores e da atualização do software embutido no aparelho. Este, cada vez mais, é um “computador de tela grande”, numa definição simplista.

Numa palestra na semana passada, o presidente da Google Inc., Eric Schmidt, comentou que o YouTube já tem mais audiência do que qualquer canal de TV de qualquer país. Em março, o site de vídeos atingiu a marca absurda de 1 bilhão de visitantes únicos, e Schmidt acredita que chegará a 6 ou 7 bilhões em pouco tempo. “Não se trata de substituir uma coisa pela outra”, disse ele. “É algo totalmente novo, que precisamos ainda entender e estudar a melhor maneira de usar.”

Em meu livro “Os Visionários“, lançado em 2011, ao contar a história do YouTube, lembrei que esse modelo – em que as pessoas escolhem livremente o que e quando assistir – era uma prévia do que muitos imaginam como “a TV do futuro”. Em grupos de discussão online de que participo (como este), o assunto é abordado quase todos os dias. Como disse lá um colega, não se deve acreditar em tudo que se lê na internet – acrescento: não só na internet, em qualquer mídia. O problema, aliás, não é a mídia, ou seja, o meio que nos serve para buscar informação e, sim, o conteúdo que ali é colocado e a intenção de quem o coloca.

No artigo Smart TVs e a lei de Moore, o pesquisador Paul Gray, diretor da empresa DisplaySearch, talvez a mais respeitada do setor, lembra que as novas exigências do mercado – leia-se: dos usuários – estão obrigando a indústria a rever até a forma de fabricar esses aparelhos. Aqui neste blog, na seção “Artigos”, há vários outros textos explorando o tema. Ninguém ainda tem uma resposta para a pergunta: como será o futuro dos televisores? Quem encontrá-la vai ganhar na loteria.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • ORLANDO ,EU TENHO A RESPOSTA PARA O TEMA :
    COMO SERA O FUTURO DOS TELEVISORES.

    SERA SOMBRIO E TRISTE ,POIS SERA NUMA LATA DE LIXO APOS UM ANO DE GARANTIA ,QUE E O PRAZO QUE DURA UNS DOS COMPONENTES VITAIS DESSAS TVS DE TELA GRANDE.
    SAO TODAS DESCARTAVEIS .
    FAÇA UMA VISITA NAS ASSISTENCIAS TECNICAS, E VEJA A TRISTE REALIDADE,PROCURE SABER O CUSTO DE UM REPARO ,FICARA DE QUEIXO CAIDO,E ISSO E EM TODO PAIS E VALE PARA TODAS AS GRANDES MARCAS.
    AGORA VOU AQUARDAR O PREMIO ...rsrsrsrs DA LOTERIA .

    ALDO

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Orlando Barrozo

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