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TVs: para o alto e além!

Pode parecer que não, mas o mercado brasileiro de TVs – como, de resto, todo o setor de eletrônicos – vem mudando rapidamente nos últimos anos. Juntando dados de várias pesquisas a que tive acesso, a conclusão é de que o perfil dos consumidores está mudando para cima, assim como os tamanhos dos aparelhos. Já temos um índice de penetração (porcentagem de TVs por domicílio) na faixa dos 99%, e a rápida evolução tecnológica leva o usuário brasileiro a adotar as novidades antes mesmo que o de outros países mais desenvolvidos.

Desde o ano passado, por exemplo, a maior parte dos fabricantes parou de produzir TVs LCD com painel de backlight convencional, de lâmpadas fluorescentes, substituído pelo painel de leds, mais eficiente (e hoje até de fabricação mais barata). Calcula-se que até o final deste ano não haverá mais LCDs nas lojas, apenas os chamados LED-LCDs (que muitos abreviam para “LEDs”, desconsiderando que continuam sendo TVs LCDs).

Outro dado interessante sobre o mercado brasileiro: ainda há público para o plasma. Embora muitos digam que essa tecnologia está em vias de extinção, não é o que dizem os fabricantes. LG, Samsung e Panasonic mantêm em linha sete modelos, com tamanhos de 50″, 51″, 55″, 60″, 64″ e até um gigante de 103 polegadas (foto acima), que a Panasonic vende apenas sob encomenda, com prazo de entrega em torno de três meses.

Quando se olham os números de vendas, percebe-se que o plasma não caiu – ao contrário: de aproximadamente 350 mil TVs em 2008, as vendas fecharam 2012 na casa de 432 mil unidades. Claro, isso representa apenas 4% de todos os modelos comercializados no ano passado; os outros 96% dividem-se entre LCDs e LEDs, sendo que estes já respondem por 66% dessa fatia (devem chegar a 90% até o final do ano).

Estão em declínio também os TVs HD (resolução de 720p), perdendo mercado para os Full-HD (1080p), até porque a diferença de preços tornou-se irrisória.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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