A Sony é a primeira a lançar TVs com esse recurso, demonstrado na Display Week, em maio, mas isso não significa que outros fabricantes não o adotem. A patente é da empresa americana QD Vision, que criou uma solução chamada IQ Vision. Trata-se de um semicondutor do tipo nanocristal (2nm de diâmetro) capaz de produzir luz de alta intensidade – nesse ponto, assemelha-se ao OLED. Os cristais são acondicionados num tubo especial instalado dentro do display, na parte inferior do painel de LCD. E, em vez da tradicional luz branca, emitem fortes tons de azul, o que, sempre segundo a QD Vision, aumenta a gama cromática do sinal de vídeo. Nesse processo há um belíssimo ganho: os TVs LCD ou mesmo LED-LCDs convencionais conseguem reproduzir apenas 60% a 70% da paleta de cores existente no sinal; com a inclusão do IQ Vision, chegam a 100%.
Bem, claro que tudo isso ainda precisa ser conferido na prática. Este vídeo, produzido pela QD, dá mais detalhes. Mas o grande teste mesmo será feito quando os TVs chegarem ao mercado e puderem ser avaliados. Deveremos fazer isso na IFA, em setembro, e quem sabe talvez antes já tenhamos algum exemplar no Brasil, conforme prometido pela Sony.
Seja como for, parece que estamos diante de mais uma inovação interessante. É bom deixar claro que esse tipo de solução só acontece porque os fabricantes querem continuar produzindo TVs LCD, com performance cada vez melhor e custo mais baixo. Isso, até que enfim cheguem os OLEDs, que não precisarão desses recursos. Mas quando? Só Deus sabe.
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Há 16 anos a revista Photonics Spectra" publicou um artigo falando a respeito de OLED e da substituição de painéis de LCD (que ainda eram muito caros e não tão populäres na época) por polímeros luminescentes ("Light-emitting polymers are ready for prime time"; Photonics Spectra, pg. 130-134, Abr. 1997), citando como exemplo um painel flexivel de 8 pés, isso mesmo, 96 polegadas, que seria o novo televisor da família. A previsão seria para o ano de 2007. Os pesquisadores eram otimistas quanto ao desenvolvimento da tecnologia, assim como eram quanto ao desenvolvimento do LCD (a idéia de aplicação de cristais líquidos em displays já existia na década de 1960 e as propriedades dos cristais líquidos são conhecidas desde o século XIX). Agora, se por um lado a indústria comemora o fato de finalmente poder obter algum retorno com o desenvolvimento da tecnologia LCD, por outro muito ainda tem que ser investido em OLED. Parece que o Quantum dot faz parte da pesquisa e desenvolvimento em LCD, que assim como em OLED, continuam. Até quando? Só Deus sabe;-).
Legal, Patricia, obrigado pelas informações adicionais. Vamos aguardar as próximas novidades e comentaremos aqui. Abs. Orlando.
Bastante interessantes as suas informações, Patrícia.
Você vê, o que o Barroso diz "a tecnologia Quantum Dots, que, pelas descrições iniciais, tem tudo para revolucionar o mercado nos próximos anos" é uma evolução, "ainda" dos LCDs.
Algo como o OLED já era descrito há mais de 16 anos com previsão de substituição dos LCDs!
Você tem toda a razão : ainda há um caminho para os LCDs em R&D.
Muito obrigado.