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As maiores e as melhores

Saiu mais um ranking “Fortune 500”, a badalada lista que a revista americana de negócios publica todo ano, com as 500 maiores empresas do mundo. Entre executivos e analistas de mercado, estar na “F500”, como se costuma chamar o listão, equivale a ganhar uma Copa do Mundo. Para os acionistas, então, nem se fala; quase sempre, após ser divulgada a relação, as ações de cada empresa sobem (ou caem) dependendo de como o sr. Mercado reage à publicação. Não adianta contestar: essa virou uma das regras sagradas do capitalismo. E mesmo quem critica, no fundo, gostaria de estar lá.

Este ano, os primeiros lugares são ocupados pelos nomes de sempre: Shell, Wal-Mart, Exxon, BP. A surpresa, se é que cabe a palavra, é o aumento do número de empresas chinesas (das brasileiras, lá estão Petrobrás, Vale, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú). Pesquisando o que nos interessa mais de perto, notei que os grandes fabricantes de eletrônicos de consumo continuam bem à frente dos conglomerados de mídia e também das operadoras de telecom (o que inclui TV paga). Não quer dizer que sua situação seja melhor: a Fortune divulga também um ranking das “empresas mais lucrativas”, e aí os fabricantes não têm muitos motivos para sorrir (confira aqui).

Para o Fortune 500, vale mesmo o faturamento, ou seja, as vendas de todos os produtos de cada empresa no mundo inteiro, em bilhões de dólares, no ano (2012). Resolvi então separar as empresas por ramo de atividade: fabricantes, operadoras, grupos de mídia e empresas de informática e/ou serviços de T.I. Claro, é uma classificação arbitrária. A Apple, por exemplo, ao mesmo tempo fabrica equipamentos e vende serviços (dizem que a loja iTunes é seu produto mais lucrativo). Por sua vez, os fabricantes cada vez mais são multimídia: Samsung, Sony, Panasonic e seus concorrentes produzem TVs, computadores, celulares e por aí vai.

De qualquer modo, são interessantes as comparações. Pode-se ver, por exemplo, que a diferença entre Microsoft e Google, apesar de tudo que se publica a respeito, ainda é de US$ 20 bilhões. E que uma Apple equivale a três Dells; e uma Samsung fatura seis vezes mais que uma Sharp (a lista completa está aqui). Dêem uma olhada nos quadros:

1.Fabricantes de eletrônicos em geral:

NOME

PAÍS-SEDE POSIÇÃO FATURAMENTO

SAMSUNG

Coreia do Sul 14

178.6

PANASONIC

Japão 83 87.9
SONY Japão 94

81.9

TOSHIBA

Japão 126 81.9

LG

Coreia do Sul 225

45.2*

PHILIPS Holanda 347

32.6

SHARP

Japão 383

29.8

CHINA ELECTRONICS

China

           395           29.0

 

*Não inclui o faturamento da LG Display, colocada em 447° lugar no ranking, com US$ 26,1 bilhões.

 

 

2.Fabricantes de computadores, tablets e produtos de informática: 

NOME

PAÍS-SEDE POSIÇÃO FATURAMENTO

APPLE

EUA 19 156.5
HON HAI Taiwan 30

132.1

HP

EUA 43 120.4
DELL EUA 165

56.9

QANTA

China 321

34.4

LENOVO Taiwan 329

33.9

 

3.Operadoras de telecom, banda larga e TV por assinatura:

NOME

PAÍS-SEDE POSIÇÃO FATURAMENTO

AT&T

EUA 34 127.4
VERIZON EUA 48

115.8

TELEFÔNICA

Espanha 97 80.1
DEUTSCHE TELEKOM Alemanha 105

74.8

VODAFONE

Reino Unido 124 70.2
COMCAST EUA 145

62.6

AMÉRICA MÓVIL

México 158 58.9
FRANCE TÉLÉCOM França 170

55.9

CHINA TELECOMM

China 182 53.4
KDDI Japão 233

44.1

TELECOM ITALIA (TIM) 

Itália 281 38.3
SPRINT-NEXTEL EUA 310

35.3

DIRECTV EUA 386

29.7

 

4.Empresas de internet e/ou serviços de T.I.:

NOME

PAÍS-SEDE POSIÇÃO FATURAMENTO

MICROSOFT

EUA 110 73.7

AMAZON

EUA 149

61.1

GOOGLE EUA 189

52.2

CISCO

EUA 220 46.1
INGRAM EUA 285

37.8

ORACLE

EUA 294

37.1

TECH DATA EUA 463

25.4

 

5.Conglomerados de mídia:

NOME

PAÍS-SEDE POSIÇÃO FATURAMENTO

DISNEY

EUA 248 42.3

VIVENDI

França 289

37.3

NEWS CORP Reino Unido 332

33.7

TIME WARNER EUA 402

28.7


 

 

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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