O CEO da Microsoft, Steve Ballmer, foi feliz quando disse que o negócio é “um grande passo em direção ao futuro”. Faz lembrar a célebre frase “um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade”, dita pelo astronauta Neil Armstrong em 1969, ao pisar na Lua. Se a façanha de Armstrong, embora extraordinária, mudou quase nada em nossas vidas, ouso dizer que a união Microsoft-Nokia pode transformar muita coisa. A começar por uma coincidência: será provavelmente a última grande decisão de Ballmer, que deixa o cargo no início de 2014.
Claro, é impossível fazer previsões seguras neste momento, até porque o nome de Elop nem foi ainda sacramentado pelo Conselho da Microsoft (embora ele tenha, entre seus apoiadores, um tal de Bill Gates). Mas podemos arriscar quais serão seus desafios, não necessariamente por ordem de importância:
*Consolidar a plataforma Windows Phone, que até agora patina (tem apenas 3,7% do mercado mundial), e torná-la tão atraente quanto Android e iOS;
*Acalmar os ânimos de parceiros históricos da Microsoft (como Samsung, LG e HTC), que continuam sendo concorrentes da Nokia; só lembrando: esse foi o mesmo problema da Google ao comprar a Motorola, em 2011, e até hoje causa conflitos.
*Decidir o que fazer com a Skype, que custou US$ 8,5 bilhões e é um sucesso mundial, só que não dá lucro;
*Tornar a gigantesca Microsoft mais ágil em suas decisões, para evitar derrotas como as dos segmentos de buscas (com o Bing) e de MP3 (com o player Zune);
*Eliminar as eternas desconfianças de usuários e desenvolvedores em relação ao Windows e suas instabilidades (suas versões Vista, 7 e 8 fracassaram) para, com isso, ganhar espaço no hoje decisivo segmento de aplicativos;
*Mudar a imagem envelhecida da Nokia, aprimorando o design de seus produtos; como diz o próprio presidente da empresa, Risto Siilasmaa, “este é um momento de reinvenção”.
A frase, aliás, vale para as duas empresas, que agora se tornam só. Se reinventar um gigante já é complicado, que tal reinventar dois? Tarefa para gigantes.
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