Bem, mas qual é a importância desse encontro de outubro? É que, pela primeira vez, o assunto “4K/UHD” entra na pauta pra valer (a indústria ainda não se decidiu por um dos dois nomes). Simboliza uma pressão, cada vez menos velada, dos fabricantes para que Hollywood resolva de vez aquele que, para quase todo mundo, é o maior problema dessa tecnologia: a falta de conteúdo. Esta, por sua vez, decorre da falta de padronização em relação a especificações como colorimetria, frequência de quadros, faixa dinâmica, níveis de compressão, proteção anticópia etc. Sem essas definições, os estúdios se recusam a investir na transposição de seus filmes do cinema para os formatos domésticos. A falta de padrão também impede que as emissoras de TV adquiram equipamentos para transmissão de conteúdos em 4K.
O problema não é novo. Aconteceu o mesmo com a tecnologia 3D, que até hoje não está devidamente especificada. Só que, ao contrário do 3D, a ultra-alta definição já é consenso no mercado. Mais do que isso, é uma evolução natural do HD, embora seja impossível prever quando uma será substituída pela outra. Definido o padrão, não apenas poderão ser lançados mais conteúdos em 4K (especialmente os grandes sucessos do cinema), mas as emissoras terão uma perspectiva de, num prazo não muito longo, iniciar as transmissões. E, claro, os fabricantes venderão mais aparelhos, já adaptados às novas especificações.
Em tempo: nos bastidores, a pergunta que alguns fabricantes fazem é se os estúdios de Hollywood realmente querem fazer decolar o 4K, ou se a falta de padrão é mero pretexto. Durante a IFA, ouvi de um deles que ninguém até agora conseguiu desenhar um modelo de negócio rentável para essa tecnologia – e Hollywood nada fará se não puder faturar alto.
Voltaremos a falar desse assunto em breve. Por enquanto, alguém aí tem sugestões a respeito?
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